Governo vai levar em conta origem dos pacientes internados para rodar bandeiras de risco da Covid

Mudança já entra em vigor nesta sexta, quando sai o mapa preliminar do Distanciamento Controlado

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Ao confirmar um aumento de 90% dos leitos de UTI desde o início da pandemia de Covid-19 no Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite também anunciou, nesta quinta-feira, que a classificação das bandeiras do mapa de Distanciamento Controlado vai levar em conta um novo critério de cálculo: a cidade de origem de cada paciente. A partir desta sexta-feira, o estado passa a considerar, na análise, o número de pessoas que vieram de fora e que se internaram em cidades de outras regiões. Se o saldo impactar nos indicadores do cálculo final de um determinado território, ele não não vai ter a bandeira agravada.

“Ou seja, se uma região corria risco de ir para a bandeira vermelha por ter recebido mais pacientes de fora do que mandou, ela vai ficar na laranja. Porque a intenção do Distanciamento não é punir regiões, é estabelecer o distanciamento necessário para evitar que o vírus circule. E se uma bandeira foi agravada porque está recebendo pacientes de fora, não é por conta da circulação do vírus naquela região, ou seja, não há porque aumentar o risco e as restrições”, explicou o governador.

Leite apresentou a nova metodologia, nesta tarde, durante live. O novo item já vai ser levado em consideração na rodagem preliminar das bandeiras, que ocorre na tarde desta sexta-feira. Da sexta seguinte em diante, o mapa de Distanciamento Controlado passa a contar com 21 regiões.

Na terça-feira, o prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo (PSB), sugeriu em redes sociais que os 148 leitos adultos de UTI da região sejam reservados apenas à população das 62 cidades do entorno. “Queremos que os leitos de UTIs da nossa região sejam reservados a pacientes dessa região e que o estado passe a adotar bandeira única para todo o Rio Grande do Sul”, publicou.

Ao informar sobre a abertura de dez novos leitos de UTI para hospitais de Camaquã e São Jerônimo, Eduardo Leite mencionou que, no início de março, o RS tinha 933 leitos de UTI e agora chega a 1.779, contabilizando habilitações que devem ser concluídas nos próximos dias.