Ronaldinho acumula sucessivas derrotas na Justiça do Paraguai

Ex-jogador está preso no país desde 6 de março

Foto: Fiscalía Paraguay / Reprodução

Preso desde 6 de março e acusado de usar passaporte falso para entrar no Paraguai, Ronaldinho acumula sucessivas derrotas na Justiça do país vizinho. O último revés ocorreu na semana passada, após a Quarta Corte de Apelação de Assunção rejeitar recurso dos advogados dele, questionando a maneira como o processo vem sendo conduzido.

“O recurso, de decisão não unânime, não tinha como objeto o mérito. Não discutia os fatos. O recurso tinha como objeto a questão processual”, disse Sérgio Queiroz, advogado de Ronaldinho, ao jornal O Estado de S.Paulo. Queiroz também antecipou que vai recorrer.

Até o momento, a única vitória do ex-jogador nos tribunais paraguaios se deu em abril, quando conseguiu deixar a cadeia e ir para a prisão domiciliar, em um hotel de Assunção. Mas antes a Justiça já havia negado duas vezes o pedido e só aceitou após fiança de US$ 1,6 milhão (aproximadamente R$ 8,5 milhões) paga por Ronaldinho e o irmão, Assis, também preso.

Antes de ir para o hotel, Ronaldinho ficou em um centro de detenção da polícia que abriga políticos processados por corrupção e presos por narcotráfico. Mesmo no presídio considerado de segurança máxima, o ex-jogador e o irmão mantinham contato com familiares no Brasil, inclusive por videochamada.

O ex-jogador e o irmão foram proibidos de deixar o Paraguai, acusados de “uso de documentos públicos com conteúdo falso”. A pena para esse tipo de delito no país vizinho prevê até cinco anos de prisão. Promotores seguem investigando a suposta participação de Ronaldinho e do irmão em uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.

O caso virou um escândalo no Paraguai e atingiu vários funcionários da Diretoria de Migração e do Departamento de Identificação, que emitem passaportes e cartões de identidade, além de fiscais do Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção. Dezoito pessoas foram detidas por envolvimento no caso.

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