Hospital bloqueia leitos por escassez de medicamentos e superlotação em Sapucaia do Sul

Medida fica em vigor por tempo indeterminado, explica diretor da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas

Foto: Fernanda Bassôa / Especial / CP

A direção da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas, que gerencia os atendimentos de saúde do hospital Getúlio Vargas, em Sapucaia do Sul, decidiu no fim da manhã desta segunda-feira bloquear internações novas em leitos de UTI e leitos para AVC.

A medida, já oficializada para as secretarias municipal e estadual de Saúde, teve dois fatores como causas determinantes: a superlotação e a falta de medicamentos para manter pacientes entubados em ventilação mecânica.

O diretor geral da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas, Gilberto Barichello, disse que nesta segunda-feira a ocupação é de 100%. “Dos 17 leitos de UTI ocupados (7 para Covid e 10 para não Covid-19), 16 pacientes graves estão em ventilação mecânica. Dos 14 leitos clínicos para Covid-19, temos 15 internados. Ou seja, 107% lotados.”

Segundo Barichello, outros cinco pacientes entubados seguem esperando transferência no setor da emergência do Getúlio Vargas, “um deles, desde sexta-feira”.

Atrelada à superlotação dos leitos, o diretor admite que preocupa a falta de medicamentos importantes e essenciais para manter os pacientes, considerados graves.

“Sedativos e outros medicamentos necessários para ministrar o tratamento do paciente, elevar a pressão e garantir a segurança da internação, estão escassos. Hoje, temos medicamentos para as próximas 24 horas. Não há condições de receber novas internações, pois precisamos garantir a vida daqueles que já estão internados”, disse Barichello.

“A medida é por tempo indeterminado. Existe a informação que um novo carregamento de medicamentos deve chegar na quarta-feira. A partir desta remessa, vamos avaliar conforme o quadro se apresentar”, completou.