Programa Sentinela começa monitoramento das áreas de fronteira com Uruguai e Argentina

Foto: Paulo Lanzetta

O Programa de Vigilância Sanitária Animal de Fronteira – Sentinela, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), começou nesta quarta-feira monitorando as fronteiras do Rio Grande do Sul com o Uruguai e a Argentina.

O programa tem área de abrangência de 1.200 quilômetros de faixa de fronteira, envolvendo 59 municípios com 64.842 propriedades rurais e rebanho de 4,4 milhões de cabeças. A metodologia de trabalho prevê a distribuição das equipes e o gerenciamento das atividades em quatro blocos: Jaguarão, Santana do Livramento, São Borja e Santa Rosa.

“Nosso esforço é para fortalecer a fiscalização nas cidades que fazem fronteira com Argentina e Uruguai, a fim de garantir maior proteção ao nosso rebanho. É mais um grande passo para alcançamos o nosso objetivo que é tornar o Estado livre de aftosa sem vacinação”, afirma o secretário Covatti Filho.

O Sentinela conta com 36 profissionais divididos em 12 equipes sendo 24 médicos-veterinários e 12 técnicos agrícolas. Em cada um dos quatro blocos, três equipes realizarão revezamentos, trabalhando oito dias consecutivos em sequência. Utilizou-se de recursos de inteligência como análises de risco e das movimentações animais na região de fronteira, numa faixa que vai desde o Chuí até Derrubadas.

Sentinela fiscalização1
São utilizados recursos de inteligência, como análises de risco e das movimentações de animais na fronteira – Foto: Francisco Lopes / Seapdr
O trabalho de inteligência, com a utilização de ferramentas como análise de rede de movimentação animal, realizado em parceria com a Universidade Estadual da Carolina do Norte (EUA) e patrocinado pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), permite que com uma equipe reduzida se possa ter um trabalho de fiscalização que otimiza os recursos e presta um serviço de defesa sanitária animal eficiente, através da escolha de propriedades chaves e rotas preferenciais.

O programa conta com o patrocínio do Fundesa e tem convênio firmado com o Ministério da Agricultura. A operacionalização se dará também por meio de novos convênios entre a Seapdr e outras pastas e órgãos da administração do Estado e do governo federal, principalmente com os setores de segurança pública.

O projeto piloto do programa Sentinela ocorreu no bloco de Jaguarão entre os dias 18 e 24 de junho e foi considerado exitoso. As equipes monitoraram a fronteira entre o Chuí e Dom Pedrito, em um total de 10 municípios e em uma área de 250 quilômetros.