Covid: Marchezan teme novas ondas de contágio e fala que fechamento da orla é mensagem para evitar “lockdown”

Prefeito também entende que Grêmio e o Inter devem optar por treinar fora de Porto Alegre caso se sintam seguros em relação a pandemia

Foto: Jefferson Bernardes / PMPA

Em meio à escalada da pandemia de coronavírus, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr., alertou, nesta quarta-feira, que a capital ainda deve registrar novas ondas contágio pela Covid-19. Ao advertir que não existe um “período mágico de pico”, Marchezan reiterou a importância de diminuir a circulação entre os porto-alegrenses para frear a disseminação da doença.

“Não tem um período mágico de pico, temos é que diluir o achatamento dos gráficos, pois este vírus expande com muita velocidade. Infelizmente, a ferramenta mundial que se tem para o coronavírus é impedir algumas atividades econômicas. Se a pessoa fica em casa, o vírus fica parado. A nossa opção é salvar vidas buscando os menores prejuízos”, salientou.

Em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, Marchezan reafirmou que salvar vidas é o objetivo das medidas de isolamento adotadas em Porto Alegre. “Sei que a população está cansada, mas a gente não pode perder vidas. Neste enfrentamento somos referência para o Brasil hoje”, mencionou. A capital soma 141 mortes em decorrência da Covid.

Sobre o fechamento da Orla do Guaíba, o prefeito frisou que a decisão buscou diminuir efetivamente as aglomerações em pontos específicos da cidade. “Fechamos as áreas simbólicas de Porto Alegre como a Orla e parques cercados para passarmos uma mensagem clara. Não queremos adotar um lockdown”, salientou.

Parque Belém
Marchezan também refutou utilizar as instalações do Hospital Parque Belém em função do serviço que deixou de ser prestado pela casa de saúde. “O Parque Belém é um hospital privado, não é publico e não presta serviços públicos desde 2015, mesmo recebendo dinheiro público”, respondeu.

Futebol
Devido às restrições a atividades esportivas em Porto Alegre, a dupla Gre-Nal estuda migrar para Santa Catarina a fim de retomar os treinamentos coletivos para o Brasileirão. O prefeito considerou que a opção pode ser vista como uma alternativa, em função do cenário adverso provocado pela pandemia.

“É uma decisão válida, se há uma opção de outro local, dentro dos custos dos clubes e que seja seguro. A gente como porto-alegrense, não fica feliz com isso, pois gostaríamos de estar em um outro momento, mas estamos em um período elevado de contaminação. A gente segue mantendo as restrições para treinos físicos e técnicos”, finalizou.