Enem é remarcado para 17 e 24 de janeiro

Versão digital vai ser aplicada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro do ano que vem

enem 2019
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

O Ministério da Educação anunciou nesta quarta-feira que as provas presenciais do Exame Nacional do Ensino Médio serão realizadas nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021.

Além disso, de acordo com Antonio Paulo Vogel, secretário-executivo da pasta, o Enem digital vai ser aplicado nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro do ano que vem. Já a reaplicação ficou para os dias 24 e 25 de fevereiro.

Os resultados do exame, que são fundamentais para a participação em programas educacionais de ensino superior do governo federal, devem ser liberados a partir do dia 29 de março de 2021.

O Ministério da Educação admitiu ainda que, havendo necessidade, lança três edições do Sistema Integral de Seleção Unificada (Sisu) no ano que vem.

O Enem era previsto para novembro deste ano, mas por conta da pandemia do novo coronavírus, teve de ser adiado.

Diante disso, o Ministério da Educação (MEC) chegou a realizar uma enquete entre os participantes. A maioria (49,7%) optou por fazer as provas em maio e 35,3% em janeiro. Mas o Inep não levou em consideração o resultado da pesquisa e optou por ouvir secretários de educação e as universidades.

No entendimento do instituto, a realização do Enem em maio impunha o risco de os estudantes perderem o primeiro semestre. Porque além da correção das provas, é preciso que as notas sejam colocadas no Sisu, porta de entrada para a universidade pública. Deixar o exame para maio, também conforme o MEC, prejudica os calendários do Financiamento Estudantil (Fies) e do Programa Universidade para Todos (ProUni).

O Ministério ainda levou em conta o prejuízo para as universidades particulares, uma vez que a maioria dos alunos aguarda as notas de corte das públicas para, só depois, fazerem matrícula na rede privada.

Justiça

Além da mudança de data das provas, uma liminar na Justiça impede que o contrato com a nova gráfica responsável pela impressão das provas seja assinado. A Valid, segunda colocada na licitação, sustenta que a Plural não apresentou os requisitos necessários para garantir a segurança da aplicação.

Custo sobe

Hoje, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Alexandre Lopes, estimou, durante coletiva de imprensa, em Brasília, que o Enem deve deve ficar R$ 70 milhões mais caro por conta da pandemia do novo coronavírus.