Rio Grande do Sul já perdeu 55 mil postos de trabalho desde março, segundo a FCDL

Mensalmente, desde o início da pandemia, são 11 mil pessoas que perderam seus empregos

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Foto: Samuel Maciel / CP Memória

O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes de Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), Vitor Augusto Koch, se disse chocado com o elevado número de postos de trabalhos que deixaram de existir nos últimos meses. Mensalmente, desde o início da pandemia, são 11 mil pessoas que perderam seus empregos. Em entrevista ao Direto Ao Ponto, da Rádio Guaíba, na manhã desta terça-feira, Koch garantiu que há “um engano muito grande na interpretação dos decretos que faz com que todos sofram com essas medidas à médio prazo”. O presidente criticou o posicionamento do prefeito Nelson Marchezan Jr. e do governador Eduardo Leite, que não possibilitam o diálogo com a categoria antes da tomada de novas decisões.

Koch questionou que “se existe uma norma clara de segurança individual e de prevenção e se ela é obedecida por todos da categoria, qual a necessidade de fechar as lojas?”. O presidente relata que “a maioria dos estabelecimentos concede máscaras para quem não tem, o álcool em gel está presente em pontos estratégicos das lojas, há a demarcação nas filas com o distanciamento adequado entre pessoas e ainda que o comércio respeita o número máximo de clientes”.

Na visão do presidente, a solução está no reforço da fiscalização pelo Poder Executivo ao comércio. “Uma nova metodologia de atendimento deve ser criada, por exemplo com a marcação de horários para atendimento”, sugeriu também. Essa poderia ser uma solução para evitar um fechamento total das lojas, mas a ação exigiria uma extensão do horário de atendimento ao público. Proposição que o Koch garante não contar com o apoio dos sindicatos. “Os sindicatos não querem ajudar nas negociações”, lamentou.

Na visão de Koch, o comércio sempre foi o setor mais afetado pelas crises nacionais e globais. “Nós sobrevivemos à retenção do dinheiro contra a ideia da livre circulação da moeda , a maior inflação da história do país e, quando estávamos vendo um azulado no horizonte, houve a pandemia”, explicou. “Somos um povo resiliente e nós vamos recuperar o Rio Grande do Sul e o país” afirmou com otimismo. Ele finalizou sua participação reforçando que “não podemos enclausurar as pessoas em casa e dizimar o comércio”.