Bolsonaro deverá ficar isolado mesmo que 1º teste dê negativo

Presidente Jair Bolsonaro sentiu sintomas da Covid-19 nessa segunda-feira e fez teste no Hospital das Forças Armadas em Brasília

Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro deverá permanecer em isolamento social, por pelo menos 14 dias, mesmo que o primeiro teste para a Covid-19 dê resultado negativo. Bolsonaro deverá passar por novos testes em caso de falso-negativo. A previsão é que o exame saia a qualquer momento. Bolsonaro foi submetido, no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, a um exame RT-PCR nessa segunda-feira. É o teste mais preciso que há. Porém, se feito muito no início dos sintomas, pode dar um falso-negativo (quando o paciente tem o vírus, mas o teste não acusa). As informações são do Correio do Povo e do portal R7.

Por essa razão, por prudência, Bolsonaro deverá ficar isolado para acompanhamento dos sintomas. Portanto, o isolamento do presidente é praticamente garantido por duas semanas. O HFA e os médicos da Presidência deverão adotar o procedimento mais ortodoxo possível por se tratar da maior autoridade executiva do país.

Decisões de governo

Caso o isolamento de Bolsonaro seja confirmado, não significa que o presidente deixará de tomar decisões. Mesmo isolado, ele poderá continuar a despachar, se reunir por videoconferência, entre outras tarefas diárias, a depender dos sintomas.

O exame de Bolsonaro não difere em nada de um cidadão comum com sintomas, de acordo com o especialista Wanderson Oliveira, que foi Secretário Nacional em Vigilância do Ministério da Saúde na gestão de Luiz Henrique Mandetta. “Não há nada de especial, o procedimento é o padrão do Ministério da Saúde. Os casos agudos, com sintomas, devem fazer o (teste) RT-PCR”, explicou.

Primeiros testes

Essa não é a primeira vez que Bolsonaro é submetido a testes para a Covid-19. Naquele episódio da comitiva presidencial que foi aos Estados Unidos, vários integrantes apresentaram os sintomas e foram diagnosticados com a doença – como Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secom e agora secretário executivo do Ministério das Comunicações. Na ocasião, Bolsonaro chegou a ficar isolado e fez três testes para Covid-19 – todos deram resultados negativos.