Sindicato exige que Procergs faça testes após morte de funcionário por Covid-19

Cerca de 30 funcionários seguem trabalhando presencialmente na companhia durante a pandemia

Funcionários da Procergs, a companhia de processamento de dados do governo do Rio Grande do Sul, denunciaram a adoção tardia de medidas de prevenção à Covid-19 entre os trabalhadores da fundação. Em 30 de junho, Valter Antonio de Lima, de 62 anos, um dos exercia serviço presencial mediante um esquema de revezamento organizado pela empresa, morreu vítima do coronavírus.

Conforme a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados no estado do RS (SindiPPD/RS), Vera Guasso, a entidade quer que a Procergs faça ao menos a testagem dos colaboradores atuando ‘in loco’. A companhia ainda não respondeu a essa demanda e não repassou ao Correio do Povo um posicionamento sobre o assunto. Nesta quarta-feira, às 13h30min, o sindicato vai fazer uma assembleia virtual, por meio do Google Meet.

Vera Guasso explica que, em um dos prédios da Procergs, funciona uma espécie de depósito, onde há cerca de 30 pessoas atuando, em forma de revezamento. Entretanto, segundo relatos desses funcionários ao sindicato, protocolos sanitários obrigatórios não vêm sendo respeitados, como o uso de máscaras de proteção.

Além disso, a assembleia virtual vai discutir o descumprimento da cláusula 95 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) pela direção da Procergs, que se refere à prorrogação da vigência das cláusulas do acordo 2019/2020. No fim da tarde de 30 de junho, a empresa enviou um termo aditivo prevendo a prorrogação da vigência por apenas mais dois meses.