Hospital de campanha do Pacaembu será desativado após quase 3 meses

Queda semanal do número de internações na rede municipal da cidade de São Paulo justifica medida, de acordo com a prefeitura

Hospital de campanha foi montado no Estádio do Pacaembu em São Paulo | Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
Foto: Divulgação / Governo do Estado de São Paulo

Após quase três meses de funcionamento, o hospital de campanha montado em março para atender casos de Covid-19 no estádio do Pacaembu, zona oeste de capital paulista, será desativado a partir desta segunda-feira (29). Segundo a prefeitura, desde 1º de junho, a taxa de internações de casos de Covid-19 vem diminuindo na rede municipal e, nos últimos 10 dias, ficou abaixo dos 50%.

A estrutura montada no estádio do Pacaembu conta com 200 leitos, sendo 16 de estabilização (para pacientes que saem de UTIs de outros hospitais e precisam se recuperar antes de receber alta) e 184 vagas de baixa complexidade.

Desde 6 de abril, quando foi inaugurada, a unidade recebeu 1.493 pacientes. Na última quinta-feira (25), apenas 15 pessoas estavam internadas no local. Segundo o prefeito, o hospital salvou 99,8% das pessoas que por lá passaram.

O prefeito disse que o fechamento do hospital do Pacaembu não afetará a assistência em uma eventual alta de casos, já que a outra estrutura emergencial, montada no Anhembi, tem 900 leitos vagos, que só são pagos pela prefeitura se houver ocupação.

O hospital é administrado por uma Organização Social da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e custou aos cofres do município R$ 23 milhões, de acordo com Covas.

No entanto, todos os equipamentos utilizados lá serão doados pelo Einstein à prefeitura. São respiradores, monitores, desfibriladores, camas, macas, colchões, que serão utilizados em hospitais da rede municipal. O valor total da doação é de R$ 7 milhões.