Ministro Luiz Fux é eleito presidente do STF

Eleição é simbólica, uma vez que o rito da presidência da Corte obedece a um rodízio

Foto: José Cruz / Agência Brasil

O ministro Luiz Fux vai assumir o Supremo Tribunal Federal, com a ministra Rosa Weber como vice, até 2022. A votação, secreta, porém simbólica, teve placar de 10 votos a favor e um ontra.

A eleição era marcada inicialmente para 12 de agosto, mas acabou antecipada para facilitar o processo de transição na Corte em função da pandemia de coronavírus.

O pleito é simbólico porque o rito da presidência da Corte obedece a um rodízio. A posse de Fux e Weber ocorre em 10 de setembro. Ambos entraram no STF em 2011, indicados pela então presidente Dilma Rousseff (PT).

Luta pela democracia

“Na qualidade de presidente eleito do STF, quero fazer uma promessa que vem de dentro. Prometo aos meus colegas que vou lutar intensamente para manter o Supremo Tribunal Federal no mais alto patamar das instituições brasileiras. Vou sempre me empenhar pelos valores morais, pelos valores republicanos, me empenhar pela luta da democracia e respeitar a independência entre os poderes, dentro dos limites da Constituição e da lei. Que Deus me proteja”, disse Fux, em uma rápida fala.

“Eu gostaria de agradecer a Deus, que testemunhou durante toda a minha carreira na magistratura minha devoção de amor ao bem, à verdade e à justiça. E agradeço a Deus, porque supera todos os limites dos sonhos humanos de um juiz de carreira chegar à presidência do Supremo Tribunal Federal. Então meu primeiro agradecimento a Ele”, completou.

Fux
Fux nasceu em 26 de abril de 1953 no Rio de Janeiro. É doutor em Direito Processual Civil pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), onde também atuou como professor.

Ele também já lecionou, como convidado, na Universidade Católica de Petrópolis (UCP), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e Cyrus R. Vance Center for Internacional Justice, em New York (EUA), além de ter atuado como chefe do departamento de direito processual da UERJ.