Prefeito de Santo Ângelo questiona classificação de bandeira vermelha

Conforme secretário de saúde do município, Estado não vem usando dados corretos para avaliação

Foto: Fernando Gomes / Divulgação

A divulgação da nova classificação do Modelo de Distanciamento Controlado contra o Covid-19 levou o prefeito de Santo Ângelo, Jacques Barbosa, a mobilizar autoridades de saúde para uma reunião emergencial. O grupo considera que devem ser revistos os critérios que elevaram a macrorregião como de alto risco para contágio do novo coronavírus.

A reunião que iniciou na manhã deste domingo, no Gabinete do Executivo, se estende durante a tarde, e questiona a classificação de bandeira vermelha. O secretário municipal de saúde Luiz Carlos Cavalheiro entende que o Estado erra ao considerar a data do resultado do exame, e não da internação, o que muda totalmente o cenário. Ele contesta também sobre as internações. “Temos menos de 50% de ocupação. Se tivermos 80%, qual vai ser a bandeira?”, questiona.

Cavalheiro revela que há apenas quatro pacientes na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), para 19 leitos, no total. “Ainda temos um hospital privado, com mais 10 leitos de UTI, todos livres”. O secretário salienta o impacto dessa classificação no comércio, por exemplo. “Isso vai causar impacto econômico, desemprego. Se tivesse risco para a população, não estaríamos contestando”.

Na tarde de hoje, passaram a integrar a reunião prefeitos de cidades da região, que segundo Barbosa, também não concordaram com a classificação. Apesar de questionar os critérios, o prefeito de Santo Ângelo deve tratar sobre um novo decreto com protocolo de restrições mais severas, conforme as orientações do governo estadual. A bandeira vermelha anunciada nesse sábado entra em vigor a partir da meia-noite, com vigência de duas semanas.