Justiça dos EUA fixa em US$ 1 milhão fiança para policial acusado de matar George Floyd

Caso provocou uma onda de protestos antirracismo em todo o mundo

Foto: Reprodução / Twitter

A Justiça norte-americana fixou em US$ 1 milhão a fiança a ser paga pelo policial acusado de matar o segurança negro George Floyd, caso ele queira deixar a prisão. De acordo com a Agência France Presse (AFP), o policial branco de Minneapolis, Derek Chauvin apareceu pela primeira vez no tribunal nesta segunda-feira em uma audiência de videoconferência.

Acusado de assassinato em segundo e terceiro grau e homicídio involuntário, Chauvin, de 44 anos, apareceu vestido com uma roupa de prisioneiro laranja em uma tela instalada em um tribunal de Minneapolis. Atualmente detido na prisão estadual de segurança máxima de Minnesota, o ex-agente é acusado de ter provocado a morte de Floyd, duas semanas atrás, ao imobilizar o segurança e pressionar o joelho contra o pescoço dele até o homem parar de respirar. O caso provocou uma onda de protestos antirracismo em todo o mundo.

Na breve audiência por videoconferência, a juíza do condado de Hennepin, Jeannice Reding, estabeleceu a fiança com várias condições, ou US$ 1,25 milhão sem elas, se ele quiser ser libertado antes do julgamento. O advogado Eric Nelson não se opôs a essa quantia, que ele provavelmente não vai poder pagar.

Em caso de fiança de R$ 1 milhão, a juíza exige que Chauvin entregue as armas de fogo, não trabalhe mais na aplicação da lei ou segurança em qualquer posição, e não tenha contato com a família de Floyd.

As partes concordaram em se reunir para uma próxima audiência em 29 de junho, a fim de abordar os méritos do caso pela primeira vez.

Três outros policiais, que presenciaram a detenção de Floyd, foram detidos e vão ser processados por cumplicidade. Junto com Chauvin, eles foram demitidos do Departamento de Polícia no dia seguinte à morte do cidadão afro-americano.