Brasil pode ter prioridade no uso da vacina de Oxford contra Covid-19

País é o primeiro fora do Reino Unido a fazer parte da pesquisa

vacina da gripe
Foto: Guilherme Testa / CP Memória

O Brasil pode ter prioridade no uso da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford contra a Covid-19. A informação é da reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Soraya Smaili. A instituição participa, a partir das próximas semanas, da terceira fase de pesquisas da vacina inglesa, realizando testes em cerca de mil pessoas que vivem em São Paulo, atuando em atividades com exposição ao vírus.

O laboratório da universidade do Reino Unido é o que está mais adiantado na construção de uma vacina contra o novo coronavírus, que deve estar pronta em até 12 meses. De acordo com Smaili, a participação do Brasil – o primeiro país fora do Reino Unido a fazer parte das pesquisas da vacina – coloca o país como “grande candidato” a usá-la, com prioridade, assim que tiver a eficácia comprovada.

“Existem algumas conversas nesse sentido [para o país poder ter prioridade no uso da vacina]. Nós estamos trabalhando para que sim. O fato de estarmos integrando e sermos o primeiro país fora do Reino Unido e também o primeiro laboratório no Brasil a realizar esses estudos – semelhantes a esses não há nenhum outro no Brasil – torna o país um grande candidato”, disse, em entrevista à Agência Brasil.

De acordo com a reitora da Unifesp, com acesso à “receita” da vacina, o Brasil vai poder reproduzi-la em grande escala, a partir de laboratórios nacionais, como o Instituto Butantan e a Fiocruz, por exemplo.