A partir desta terça-feira (2), começa a valer o decreto municipal que autoriza exercícios ao ar livre, prática de esportes no mar e atividades em igrejas e templos religiosos no Rio de Janeiro. É permitido, por exemplo, caminhar pelo calçadão na orla, mas não está liberado ocupar a faixa de areia ou dar mergulhos.
Além do comércio essencial, agências de automóveis, lojas de móveis e decoração também tiveram o funcionamento autorizado hoje.
As novas medidas de isolamento para contenção da pandemia do novo coronavírus fazem parte da primeira fase entre as seis que integram o plano de reabertura gradual anunciado, na segunda (1º), pelo prefeito Marcelo Crivella.
Cada etapa do programa tem duração de 15 dias e pode ser reavaliada em caso de necessidade, segundo Crivella. A previsão é a de que todos os setores da economia voltem a funcionar em agosto.
Ainda de acordo com a prefeitura, lanchonetes, bares e restaurantes continuam funcionando com entrega em casa ou retirada do produto no local.
Quem desrespeitar os critérios e as regras de convívio para a reabertura será multado pela Vigilância Sanitária e órgão fiscalizadores da prefeitura, podendo até ter alvará de funcionamento cassado.
A prefeitura criou uma lista para orientar sobre os padrões de comportamento. São as 10 regras de ouro, que incluem a higienização frequente das mãos, o uso de máscaras e o distanciamento de 2 metros entre pessoas.
Saúde, igrejas e funerais
Os atendimentos de saúde poderão ser feitos mediante agendamento, exceto nas situações de emergência, mas com a proibição de aglomerações.
O acesso de acompanhantes às unidades de saúde será restrito, com exceção dos casos permitidos legalmente. Nos procedimentos em que se produzem aerossóis, será preciso higienizar todo o local após o atendimento.
As atividades religiosas serão autorizadas em igrejas e templos com protocolos específicos, sem aglomeração e mediante desinfecção dos locais.
Os funerais permanecerão com restrição ao número de participantes, ao tempo de duração e sem aglomeração de pessoas.
Lançamento do plano
Crivella ressaltou que, pela primeira vez, o Rio zerou a fila de espera por leitos de tratamento da covid-19 e que este foi um dos motivos para o lançamento do plano de retorno, que levou 40 dias para ser elaborado. Outro motivo é o agravamento da falta de atendimento a pacientes com outras doenças, como o câncer, disse o prefeito. Prolongar o afastamento indefinidamente pode trazer benefícios para o tratamento da covid-19, mas trará problemas para outro grupo que “está falecendo em números que nos surpreendem” por causa de outras comorbidades, acrescentou. “Esses casos são urgentes.”