Promotora aguarda conclusão de perícia e rechaça tese de homicídio culposo no caso Rafael Winques

Promotora do caso afirma que muito ainda será revelado na investigação e que, até os relatórios oficiais serem apresentados, não será possível tecer teses sobre o assassinato

Foto: Acervo Pessoal/Reprodução

A promotora designada para atuar no caso do assassinato do menino Rafael Mateus Winques, Michele Dumke Kufner, afirmou que a tese que será apresentada pela defesa de Alexandra Dougokenski, de um possível homicídio culposo – sem intenção de matar -, poderá ser derrubada com o uso dos laudos do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP), que revelam que a causa da morte de Rafael foi asfixia mecânica. 

Em entrevista ao programa Direto ao Ponto da Rádio Guaíba, na manhã desta sexta-feira (29), Michele disse que ainda aguarda a finalização das investigações e divulgação dos relatórios oficiais da perícia para então começar a compreender melhor o que aconteceu no município de Planalto. “As únicas coisas que nós temos como certas no caso são: uma confissão e um corpo. O resto ainda são informações preliminares”, afirmou.   

Ainda não foi descartada a possibilidade da mãe do garoto ter recebido ajuda para matar o menino de 11 anos. O álibi do padrasto, que não estaria na cidade na data do crime, precisa ser confirmado, assim como o dia da morte precisa ser analisado pela perícia. Testemunhas que já foram entrevistadas pela Polícia afirmaram que a relação de Rafael com o companheiro da mãe era tranquila.   

Uma questão nos depoimentos, porém, chamou a atenção dos investigadores e da Promotoria: o comportamento de Alexandra no período das buscas pelo garoto. “Quem viu os apelos que ela fazia na rádio e na televisão percebeu essa postura de tranquilidade, pois ela estava sempre serena. (…) Ela passa dois dias pedindo ajuda sabendo que o corpo do seu filho estava do lado da sua casa”, finalizou.