EUA rompem oficialmente com OMS e Trump acusa China de espionagem

Presidente norte-americano disse que país asiático mentiu e escondeu informações sobre pandemia

Presidente dos EUA, Donald Trump usou o Twitter para se manifestar | Foto: Jim Bourg/Reprodução/ABr
Foto: Jim Bourg / Reprodução/ABr

Os Estados Unidos anunciaram hoje o rompimento da parceria e da ligação com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O presidente americano Donald Trump disse que a entidade internacional vem sendo “controlada pela China”.

Em um rápido pronunciamento no jardim da Casa Branca, Trump acusou a China de ter mentido sobre o coronavírus e ter permitido o contágio pelo mundo inteiro. Ele também disse que o país asiático controla a OMS, apesar de investir muito menos na organização do que os Estados Unidos.

O presidente já havia congelado as doações para a OMS, depois de criticar o órgão e acusá-lo de não fazer o suficiente para conter a pandemia. Trump nunca decretou quarentena nacional, é contra o isolamento social e pede a reabertura da economia do país, medidas criticadas pela OMS. Hoje, ele disse que o país vai transferir os fundos e investimentos para outras organizações de saúde, mas não nomeou os destinatários do dinheiro.

Trump também acusou a China de tentar “roubar os segredos americanos” e disse que vai proteger o avanço científico e tecnológico do país e o progresso para um tratamento contra a doença.

Fim da autonomia de Hong Kong

O presidente também comentou sobre a relação do país com Hong Kong, que perdeu o status de região autônoma na quarta-feira. Trump lamentou a decisão unilateral da China de ter “cerceado a liberdade” de Hong Kong, mas disse que vai retirar os acordos que tinha com a região. Segundo Trump, Hong Kong deixa de ser “próspera e segura, como uma região independente”, para ser vista como parte do governo chinês.