Avaliação de Bolsonaro na pandemia piora, diz Datafolha

Segundo Datafolha, Bolsonaro é bem visto por 27%, números inferiores aos do Ministério da Saúde (45%) e de governadores (50%)

Pesquisa do Datafolha mediu avaliação de Bolsonaro | Foto: Marcello Casal Jr / Divulgação
Pesquisa do Datafolha mediu avaliação de Bolsonaro | Foto: Marcello Casal Jr / Divulgação

Os brasileiros estão mais insatisfeitos com a forma como o presidente Jair Bolsonaro lida com a crise provocada pelo novo coronavírus. A informação é do jornal Folha de S. Paulo, que publicou pesquisa Datafolha, realizada na última segunda-feira (25) e divulgada nessa quinta (28). O levantamento ocorreu via telefone com 2.069 entrevistados, e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. As informações são do Correio do Povo.

De acordo com a pesquisa, 50% dos entrevistados acham que Bolsonaro conduz o Brasil de forma ruim ou péssima ante a proliferação do vírus. O resultado é cinco pontos a mais do que o verificado em 27 de abril e 17 acima dos dados registrados em março. A aprovação do presidente na pandemia segue estável. A porcentagem de ótimo e bom é de 27%, mesmo número de um mês atrás. Já 22% declaram que o presidente age de forma regular com a Covid-19.

Regiões e grupos populacionais

O Datafolha demonstra que quanto mais populosas as regiões do Brasil, mais a aprovação de Bolsonaro tende a ser menor. No Nordeste e no Sudeste, a rejeição do presidente na pandemia alcança 52%. Os mais ricos, com salários de mais de dez salários mínimos, são os mais insatisfeitos (67% de reprovação). A rejeição do presidente também é alta entre os que têm maior nível de escolaridade.

Para 45%, o presidente não tem responsabilidade pela curva acentuada de infecção do novo coronavírus. Outros 33% acham que Bolsonaro é muito responsável, enquanto 20% acham que o mandatário tem pouca relação com os índices.

Conforme o levantamento, a percepção da gestão de Bolsonaro tem grande relação com a forma que os brasileiros estão lidando com o confinamento. Dos que dizem viver normalmente ainda, 42% consideram a atuação do presidente durante a pandemia ótima ou boa. O cenário é bem diferente para a população totalmente em quarentena (16% de aprovação), e dentre aqueles que dizem sair de casa só quando é necessário, a taxa fica em 26%.

Ministério da Saúde e governadores

Com a saída de dois ministros, Henrique Mandetta e Nelson Teich, o Ministério da Saúde viu sua popularidade diminuir entre os brasileiros. Em abril, quando Mandetta estava à frente dos trabalhos, a aprovação da pasta estava em 76%. Com Teich, o índice teve queda, indo para 55%. Agora, com a gestão interina do general Eduardo Pazzuelo, 45% se demonstram felizes com o trabalho da Saúde.

Nos estados, os governadores são aprovados por 50% da população. O número, no entanto, é o menor desde o início da série das pesquisas. Em Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, os chefes dos executivos estaduais têm a melhor percepção da sociedade. O trabalho dos governadores da região Sul é visto como ótimo e bom por 68% dos entrevistados pelo Datafolha.