Presidente estadual do Solidariedade nega envolvimento em desvio milionário na saúde do RS

Cláudio Janta teve celular e notebook apreendidos durante ofensiva. Ação resultou em prisão de prefeito, em Rio Pardo

Foto: MP-RS / Divulgação

O presidente estadual do Solidariedade e vereador de Porto Alegre Clàudio Janta negou, nesta quinta-feira, envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro que se tornou foco da operação Camilo, deflagrada nessa quarta-feira, pela Polícia Federal e outros órgãos. A fraude, na área da Saúde, é estimada em cerca de R$ 15 milhões.

Durante o cumprimento de 129 medidas judiciais, em 17 cidades do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio e Santa Catarina, nessa quarta-feira, 15 pessoas foram presas, incluindo o prefeito de Rio Pardo, Rafael Barros (PSDB). Clàudio Janta compareceu à PF para prestar depoimento. Na residência do parlamentar, os agentes recolheram um celular e um notebook.

A ofensiva apontou que os supostos desvios eram operados por empresas terceirizadas para prestar serviços ao Hospital Regional do Vale do Rio Pardo (HRVRP).

Dentre as cerca de 150 contatadas, em todo o país, pela Associação Brasileira de Assistência Social, Saúde e Inclusão (Abrassi), investigada pela operação Camilo, uma é ligada a Clàudio Janta. Em nota, o advogado do parlamentar, André Barbosa, afirmou que a ação da PF surpreendeu o vereador. A defesa garantiu que ele não é sócio de nenhuma empresa investigada e que tampouco recebeu valores.

O advogado também esclarece que Janta prestou depoimento à PF “por livre e espontânea vontade” a fim de colaborar com a investigação. Barbosa menciona ainda que todo patrimônio e renda do cliente foram declarados à Receita Federal, colocando-se à disposição para, inclusive, abrir o sigilo fiscal.