Bolsonaro analisa três nomes, descarta Aras e prevê evangélico para STF

Presidente disse, em live, que procurador-geral da República é "forte" candidato para uma eventual terceira vaga em aberto na Corte - de indicação prevista para depois do atual mandato

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2O presidente Jair Bolsonaro voltou hoje a dizer que vai indicar um jurista evangélico para uma das vagas que serão abertas para o Supremo Tribunal Federal, neste ano e no ano que vem. Ele deu a declaração durante a live semanal, transmitida pelas redes sociais na noite desta quinta-feira. No momento em que falou sobre o assunto, o presidente respondia, ao vivo, a pergunta de um jornalista da rádio Jovem Pan e falou que analisa três nomes no momento.

“Eu costumo dizer que eu tenho três nomes, que eu não vou revelar, que eu namoro para indicar para o Supremo Tribunal Federal. Um vai ser evangélico, é um compromisso que eu tenho com a bancada evangélica. Pessoal critica, não tem nada a ver. Se é católico, cristão, evangélico, candomblecista, ateu, não interessa. Tem que ter conhecimento e desenvolver seu papel lá, mas uma pitada de religiosidade, de cristianismo, no meu entender, é muito bem-vinda”, afirmou.

Perguntado sobre a eventual indicação do atual procurador-geral da República, Augusto Aras, o presidente disse que o nome dele não está previsto para as próximas duas vagas, mas que é um “forte” candidato para uma eventual terceira vaga, que não está prevista para os próximos três anos, considerando-se apenas a substituição de ministros com aposentadoria compulsória.

“O senhor Augusto Aras, nessas duas vagas, não está previsto o nome dele. (…) Se aparecer uma terceira vaga, eu espero que ninguém ali [no STF] desapareça, o Augusto Aras entra fortemente na terceira vaga aí”, disse.

A próxima vaga vai ser aberta com a aposentadoria compulsória do ministro Celso de Mello, no fim deste ano. Já em 2021, é a vez da aposentadoria do ministro Marco Aurélio. Pela Constituição Federal, cabe ao presidente da República indicar o nome quando há uma vaga aberta para o STF. Em seguida, a indicação precisa ser analisada e aprovada pelo Senado Federal.