Ministério da Saúde mantém protocolo para cloroquina, mesmo com suspensão de pesquisas da OMS

Secretária de Gestão da pasta disse que órgão não deve mudar orientação

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O Ministério da Saúde não pretende mudar o protocolo de uso da cloroquina e da hidroxicloroquina em pacientes em estágios iniciais da Covid-19. A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde da Pasta, Mayra Pinheiro, disse, nesta segunda-feira, durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília, que o Ministério não vai rever a decisão após a Organização Mundial de Saúde suspender um estudo sobre a eficácia das duas medicações, usadas originalmente para malária, lupus e artrite reumatoide.

“Nós estamos muito tranquilos e muito serenos em relação a nossa orientação, que como já foi dito antes, segue uma orientação feita pelo Conselho Federal de Saúde”, disse Mayra

A profissional alegou que a decisão da OMS, que afirmou que a medicação pode agravar o caso de parte dos pacientes, “não se trata de um ensaio clínico”. “É apenas um banco de dados coletados de vários países. Isso não entra num critério de um estudo metodologicamente aceitável para servir de referência para nenhum país, nem para o Brasil”, justificou.

Mayra finalizou dizendo que o Ministério da Saúde pode, sim, desistir da medicação caso seja comprovada a ineficácia dela no combate à Covid-19. “Se constatarmos que, de fato, não há comprovação [de resultados positivos], nós poderemos recuar da nossa nota”, concluiu.