Produtores de leite do Rio Grande do Sul procuraram auxílio de deputados para superar entraves econômicos no setor. Com a estiagem e os efeitos da pandemia de Covid-19 no mercado, o setor leiteiro busca créditos de financiamento. O governo federal disponibilizou os recursos através do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). No entanto, os bancos estão fazendo exigências que impedem o acesso dos produtores aos empréstimos.
As demandas foram repassadas ao Ministério da Agricultura por lideranças da cadeia leiteira. De acordo com o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha, na Assembleia Legislativa, os bancos não vêm cumprindo as normas estabelecidas pelo governo federal. O deputado Edson Brum (MDB) relatou problemas em instituições públicas e privadas. “É para que o Banco Central cobre dos bancos uma providência de repassar isso, de autorizar isso sem causar problemas ou sem querer vender qualquer tipo de produto casado”, pontuou. “Todos têm que cumprir, isso não é brincadeira, é determinação”, completou Brum.
Dificuldades financeiras
O seto leiteiro relata diversas dificuldades no momento. Com a falta de chuva, a produção de milho para a alimentação de animais foi prejudicada e o preço da ração é muito alto. O valor de venda do leite também foi afetado, como observa o deputado federal Ronaldo Santini (PTB). “Está ocorrendo a baixa do preço do produto lá no produtor. Isso tem feito com que vários estejam enfrentando sérias dificuldades”, observou.
O grupo irá acionar o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) no Congresso, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), para reforçar as demandas junto ao governo federal. Além de Edson Brum e Ronaldo Santini, participaram da reunião o presidente da Abraleite, Geraldo Borges; o representante do Ministério da Agricultura, Luís Rangel; além de Rafael Hermann e Joel Dalcin, do Movimento Construindo Leite Brasil.
