Planalto: É ‘inacreditável’ pedido para apreender celular de Bolsonaro

Augusto Heleno vê entrega do aparelho como "uma afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e uma interferência inadmissível” do Legislativo

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / CP

O ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Augusto Heleno, classificou nesta sexta-feira como “inacreditável” o pedido para busca e apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro, emitido pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Caso se efetivasse, seria uma afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e uma interferência inadmissível de outro Poder, na privacidade da Presidência da República e na segurança institucional do País”, escreveu Heleno.

A solicitação feita por Celso de Mello, chegou à Procuradoria-Geral da República (PGR). No pedido, o ministro solicita novas providências dentro do inquérito que investiga possível interferência de Bolsonaro na Polícia Federal. Também pede a apreensão do aparelho de telefone de Carlos Bolsonaro, filho do presidente e vereador no Rio de Janeiro.

No documento, Heleno avalia ainda que o pedido “é uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes” que pode “ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.