Pedidos de seguro-desemprego sobem 76,2% na primeira quinzena de maio

Levantamento é da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia

Foto: Marcello Casal Jr / ABr / Divulgação / CP

Os pedidos de seguro-desemprego de trabalhadores com carteira assinada subiram 76,2% na primeira quinzena de maio em relação ao mesmo período do ano passado. O levantamento, divulgado hoje, é da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. O balanço considera tanto os atendimentos presenciais – nas unidades do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e das Superintendências Regionais do Trabalho – e os requerimentos encaminhados de forma virtual.

Na primeira metade do mês, 504.313 benefícios de seguro-desemprego foram requeridos, contra 286.272 pedidos registrados no mesmo período do ano passado. Ao todo, 77,5% dos benefícios foram pedidos pela internet no mês passado, contra apenas 1,7% no mesmo período de 2019.

Número acumulado

Apesar da alta de maio, os pedidos de seguro-desemprego cresceram em ritmo menor no acumulado do ano, tendo somado 2.841.451 de 2 janeiro a 15 de maio de 2020. O total representa aumento de 9,6% em relação ao acumulado no mesmo período do ano passado, 2.592.387.

A própria secretaria, no entanto, estima que os dados para o ano podem estar subestimados em até 250 mil pedidos, já que trabalhadores sem acesso à internet não vêm conseguindo pedir o benefício nas unidades de atendimento presencial, parte delas com funcionamento suspenso por causa da pandemia de Covid-19.

A estimativa se baseia na média dos pedidos de seguro-desemprego por meio do atendimento presencial. Segundo o Ministério da Economia, a pasta está divulgando as projeções de pedidos que deixaram de ser realizados para dar um quadro mais honesto do impacto da pandemia sobre o mercado de trabalho.

Perfil

Em relação ao perfil dos requerentes do seguro-desemprego na primeira quinzena de maio, a maioria é masculina (58%). A faixa etária com maior número de solicitantes está entre 30 e 39 anos (32,5%) e, quanto à escolaridade, 61,9% completaram o ensino médio. Em relação aos setores econômicos, o de serviços representou 42,1% dos requerimentos, seguido por comércio (26,2%), indústria (20,6%) e construção (7,8%).

Os estados com o maior número de pedidos foram São Paulo (149.289), Minas Gerais (53.105) e Rio de Janeiro (42.693) e os que tiveram maior proporção de requerimentos via web foram Acre (97%), Rondônia (96,7%) e Amazonas (95,9%).