ALSHOP registra queda de 70% no consumo em shopping centers após reabertura

15% das 2250 lojas que integram a rede de associados da instituição no Rio Grande do Sul tiveram que fechar suas portas

Foto: Alina Souza / CP Memória

O presidente da Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping Centers (ALSHOP), Nabil Sahyoun, afirmou, em entrevista ao Direto ao Ponto, da Rádio Guaíba, na manhã desta quinta-feira (21), que os 30% dos empreendimentos que já reabriram as suas portas no País registraram uma queda de 70% no faturamento. Os clientes, que ficavam, em média, 75 minutos nos shopping centers, agora, nesse processo de retomada da atividade econômica em meio à pandemia do Coronavírus, permanecem 20 minutos.

No Rio Grande do Sul, a ALSHOP acredita que 15% das 2250 lojas que integram a sua rede de associados tiveram que fechar as portas. O presidente da entidade acredita que o encerramento das atividades desses locais e a consequente demissão de seus funcionários ocorreu porque os recursos federais não chegaram até os pequenos empresários a tempo de salvar esses empreendimentos. “A burocracia dos bancos demora muito. O lojista não pode esperar 30 ou 60 dias para receber auxílio. O pequeno empreendedor não tem esse tempo. Quando recebe a ajuda, o negócio já está muito próximo da falência”, salientou Sahyoun.

No país, alguns centros comerciais já retomaram as suas atividades e foram elogiados pelo poder público pelo cumprimento das novas medidas de segurança e higienização. A fiscalização dos shopping centers é de responsabilidade das prefeituras, que repassaram para essas instituições os protocolos com orientações específicas para cada setor lojista, como meias descartáveis para a área calçadista, e gerais para convivência dos clientes no espaço, como o uso de máscaras que será obrigatório para clientes e funcionários.

Para Nabil Sahyoun, os shopping centers são ambientes de segurança invejável, já que possuem entre 50 mil e 100 mil metros para circulação em largos corredores. Estima-se que 500 milhões de pessoas circulam nos shoppings do país em 180 empreendimentos. Os dados, para o presidente da ALSHOP, mostram que “o shopping está no DNA do brasileiro”. Inicialmente, os clientes podem estar temerosos do convívio nesses espaços, mas o sentimento irá se alterar porque os shoppings serão “um alívio para as tensões da pandemia”.

Sahyoun finalizou sua participação afirmando que todos os shopping centers, temerosos das sanções que podem ser aplicadas se não cumprirem as novas medidas de proteção, irão redobrar os cuidados e orientações. “A matéria-prima do shopping é o consumidor, logo, deve-se preservar sua integridade como obrigação. Os lojistas em todo Brasil estão comprometidos nisso”, ressaltou.