Mandetta: máscaras de proteção vão fazer parte do vestuário

Ministro afirmou que peça deve se popularizar e ser tão comum como pijama ou camiseta após a pandemia

Foto: Guilherme Almeida/CP

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse nesta terça-feira que as máscaras de proteção, que começaram a ser usadas no país por conta do novo coronavírus, vão se popularizar entre os brasileiros como parte do vestuário, principalmente para situação de aglomerações, para quando a pandemia acabar.

“Pode ter certeza de que isso vai ser um objeto de uso muito mais comum, como um objeto pessoal do seu vestuário. A pessoa vai ter camiseta, vai ter pijama, vai ter lá seu joguinho de máscara”, afirmou.

Segundo o ministro, as pessoas vão começar a perceber a utilidade da peça durante as temporadas de gripe. Ele conta que ainda sentia certo estranhamento ao encontrar fora do Brasil pessoas usando máscara para andar pela rua.

“Já fui ao Japão, já fui a Jacarta, já fui a Genebra várias vezes. A gente encontra pessoas asiáticas, principalmente, todas com máscara, independente desse negócio de coronavírus agora. A gente olha e fala assim ‘nossa, por que será q eles usam máscara?’. Porque eles têm passado por essa situação repetidas vezes”, declarou.

Mandetta comentou ainda que a produção de máscaras de proteção e de aventais pode gerar renda durante a crise econômica provocada pela disseminação da Covid-19. “Espero que os governadores fiquem atentos, porque em tempo de muita paralisia da economia, isso emprega bastante gente, isso gera bastante serviço e eu tenho certeza de que a gente vai precisar e isso vai dar uma aquecida [na economia] sim”, declarou o ministro.

Mandetta apontou os pólos de confecção de Pernambuco, Santa Catarina e Paraná como possíveis concorrentes na produção dessas peças e afirmou que o governo federal precisa comprar inicialmente cerca de 25 milhões de peças para agentes prisionais e agentes de saúde em todo o País.

O ministro voltou a recomendar o uso das máscaras simples, como as de TNT (Tecido Não Tecido), para a população que não integra atividades ligadas à saúde.

“Quem tiver máscaras N95, por favor, vá até o hospital e deixe lá. No dia a dia, utilize de TNT que funciona muito bem”, assegurou.

Veja, a seguir, como e quando usar cada tipo de máscara:

• N95

A N95 é uma máscara utilizada na beira do leito de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O uso é voltado a procedimento respiratório em pacientes que dependem de entubação. Por falta de máscaras nos leitos hospitalares, a N95 está sendo utilizada por até 15 dias. Vale lembrar que ela não pode ser lavada; após o período de 15 dias deve ser descartada.

• Máscara de pano

É uma máscara domiciliar. A recomendação é que ela seja trocada a cada quatro horas. Essa máscara precisa ser lavada com água e sabão.

• Máscara cirúrgica

A máscara cirúrgica é recomendada para uso hospitalar, ou seja, para profissionais de saúde que tenham contato com pacientes. Ela não pode ser lavada, devendo ser trocada a cada duas horas. Após esse período, o material deve ser descartado.