Motorista de aplicativo foi morto em assalto por jovem e adolescente em Porto Alegre

Agentes da 4ª DP localizaram e prenderam a dupla ocorrida na área central da cidade

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Delegada Laura Lopes e equipe investigaram e elucidaram latrocínio | Foto: Polícia Civil / CP

A Polícia Civil elucidou o caso do assassinato do motorista de aplicativo Antônio Luís do Amaranto da Silva, 38 anos, ocorrida na noite de sexta-feira passada em Porto Alegre. O corpo da vítima foi encontrado na manhã de sábado na avenida Jorge Benjamin Eckert, no bairro Anchieta. Titular da 4ª DP, a delegada Laura Lopes, revelou na manhã desta terça-feira que o latrocínio foi cometido por dois indivíduos, um jovem de 18 anos e um adolescente de 17 anos. Ambos foram presos preventivamente na segunda-feira em um barzinho na rua Riachuelo, na área central da cidade, no mesmo local onde haviam chamado a vítima pelo aplicativo com o pedido de uma suposta corrida até o bairro Niterói, em Canoas. “Eles foram autuados também por tráfico de drogas pois estavam com 311 pedras de crack”, observou. Os dois presos mantiveram-se calados.

Segundo a delegada Laura Lopes, a dupla ainda permanecia com a posse do celular roubado do motorista de aplicativo. Houve a apreensão também de uma pistola calibre 9 milímetros. “Ela é compatível com a arma usada no crime”, adiantou. A titular da 4ª DP disse ainda que os dois “foram para assaltar” a vítima, mas algo “não deu certo”. Ela constatou que Antônio Luís do Amaranto da Silva foi muito agredido. “Estava bem machucado, com bastante socos…levou uma surra”, revelou. “Ele foi morto com um tiro na cabeça e outros nas costas”, acrescentou.

O inquérito deve ser encerrado em dez dias. A delegada Laura Lopes aguarda os laudos do Instituto-Geral de Perícias. Os agentes da delegacia também vasculham mais imagens de câmeras de monitoramento além das que já obtiveram até o momento. “Estamos em diligências para conseguir mais provas”, resumiu.

A vítima havia desaparecido no final da noite de sexta-feira após ter sido acionada para fazer a suposta corrida. O Renault Logan, usado pelo motorista, foi encontrado abandonado depois na rua Desembargador André da Rocha, na área central da Capital. Sobre o local onde o corpo foi deixado, no bairro Anchieta, a delegada Laura Lopes acredita que se deve ao fato de um dos envolvidos ter familiares naquela região. “Eles conheciam aquele local”, concluiu.