Com o nome cotado até ontem para assumir o Ministério da Saúde em meio à escalada da Covid-19, o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) negou, nesta terça-feira, que tenha recebido convite do presidente Jair Bolsonaro para ocupar o lugar de Luiz Henrique Mandetta. Terra disse apenas ter sido chamado ontem por Bolsonaro para um almoço no Palácio do Planalto a fim de tratar do uso da hidroxicloroquina.
“É melhor que o ministro Mandetta se afine com o presidente. Acho que não precisa trocar ministro. Não sou candidato. Pode ser qualquer um, se tivesse que trocar. Tem muita gente competente aí, mais competente do que eu”, disse Terra em entrevista a uma emissora de rádio em São Paulo.
Ex-ministro da Cidadania, o deputado concorda com Bolsonaro em relação ao relaxamento de medidas restritivas e defende “experimentar” cloroquina para pacientes com sintomas iniciais da Covid-19. Os dois temas – a quarentena e o medicamento – geraram controvérsia entre Bolsonaro e Mandetta.
“O vírus é uma força da natureza. Só vai diminuir o contágio quanto tiver metade da população contaminada. E só vai diminuir a epidemia quando chegar a 70%, 80% da população contaminada. Tem de proteger idosos e doentes. Juntar as pessoas em casa aumenta o contágio”, afirmou o deputado, que é médico, mas contraria visões da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde sobre o isolamento social.
