Justiça mantém internados adolescentes suspeitos de matar amigo a golpes de faca e martelo em Porto Alegre

Crime ocorreu na tarde de 25 de março em um matagal junto à avenida Juca Batista, na zona Sul da cidade

Foto: Record TV RS

A Justiça de Porto Alegre manteve, nessa quinta-feira, a internação provisória de dois adolescentes suspeitos de terem assassinado o estudante Kauê Borile Weirich Xavier, de 16 anos, na tarde de 25 de março, em um matagal na zona Sul da cidade. O juiz Charles Maciel Bittencourt acolheu a representação do Ministério Público, que apontou a “extrema crueldade” do crime, cujas razões exatas ainda não se esclareceram.

Na tarde de ontem, o juiz tomou o depoimento virtual de um dos menores. O segundo vai ser ouvido nesta sexta-feira. As audiências vêm ocorrendo à distância em razão da pandemia de coronavírus.

Os três jovens eram amigos, conforme apurou a Polícia. O crime ocorreu nas imediações da avenida Juca Batista. Um dos suspeitos relatou que, sem saber da emboscada, Kauê desceu de um ônibus, com a dupla, em direção ao local do assassinato. Os três entraram em uma trilha no bairro Aberta dos Morros, onde Kauê teve o corpo encontrado, mais tarde, com lesões pelo corpo e o rosto desfigurado.

A Polícia chegou ao local depois que um dos adolescentes confessou o homicídio e indicou o local do crime. O jovem contou que a dupla usou um martelo, uma faca e uma machadinha para matar o amigo. Nenhum dos adolescentes admitiu, até agora, ter desferido os golpes.

A Polícia ainda espera o laudo da necropsia e análise os celulares dos envolvidos a fim de comprovar se o caso também pode ser enquadrado como tortura. Levados para uma unidade da Fase, em Porto Alegre, os suspeitos não tinham antecedentes e, assim como Kauê, eram estudantes de classe média.

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