Governo garante que ações de higiene foram adotadas em mais de 150 casas prisionais do RS

Entidade que representa servidores penitenciários alerta para falta de EPIs e possível alastramento do coronavírus no sistema prisional gaúcho

Foto: EBC

A Secretaria da Administração Penitenciária do Rio Grande do Sul garantiu hoje que vem atuando para minimizar o impacto, para o sistema carcerário, da pandemia de coronavírus. O Executivo assegura que todos os 152 estabelecimentos prisionais já foram orientados a implementar ações de prevenção. A Pasta se manifestou após o sindicato dos agentes penitenciários ter denunciado falhas em relação aos protocolos de higiene.

Termômetros foram adquiridos para aferir a temperatura de presos e de servidores penitenciários, e eventuais casos de suspeita de contaminação vão ser encaminhado a isolamento. Procedimentos de higienização pessoal e limpeza regular das celas e galerias das casas prisionais também vêm sendo reforçados, segundo o órgão.

Em Lajeado, as apenadas iniciaram a produção de máscaras de proteção facial. Na Penitenciária Estadual de Rio Grande, um mutirão de limpeza desinfetou as áreas comuns da unidade. No pátio da Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas, houve reunião técnica com a equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) prisional, a fim de conscientizar e ensinar servidores e detentos a se proteger do coronavírus. Em Vacaria, foi feita a instalação de um lavatório, entre outros exemplos citados pela Secretaria.

Já a Amapergs, entidade que representa cerca de 5,5 mil servidores penitenciários, denuncia que a maior parte dos agentes trabalha sem luvas, máscaras e álcool gel, itens elementares de segurança para conter o coronavírus.

“O Secretário de Administração Penitenciária, Cesar Faccioli, não tem a real noção do problema. O RS possui 44 mil apenados e o risco a que presos e servidores penitenciários estão submetidos é enorme. Estamos visitando as cadeias e a situação é preocupante”, alertou o presidente do sindicato, Saulo Felipe Basso dos Santos.