Coronavírus derruba projeção de vendas para a Páscoa

Confiança do consumidor brasileiro é a mais baixa dos último três anos, apontou FGV

Foto: Guilherme Testa / CP

A Páscoa já se aproxima, mas em 2020 as celebrações referentes à data serão bem diferentes, quando comparadas a anos anteriores. Embora ainda não haja previsões exatas em relação à queda de vendas e faturamento, a crise mundial na área da saúde, relacionada à pandemia do coronavírus, tende a gerar reflexos significativos à economia e ao varejo relacionado a itens de consumo tradicional nos meses de março e de abril.

O economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank, explica que as restrições de circulação, por exemplo, vão gerar prejuízo expressivo na elaboração de bens e serviços para a Páscoa. Os impactos da quarentena serão observados no enfraquecimento na demanda que, consequentemente, vai impactar na capacidade de geração de emprego, obrigando muitas famílias a reorganizarem o orçamento. Essas projeções já se confirmaram, através de estatísticas recentes. De acordo com um levamento realizado durante a semana pela Fundação Getúlio Vargas, a confiança do consumidor brasileiro já regrediu para o menor patamar desde janeiro de 2017.

Em decorrência do quadro apresentado, o próprio consumidor não deve gastar tanto na Páscoa em presentes ou produtos alimentícios específicos do feriado, mas priorizar necessidades básicas e de caráter emergencial. O economista ainda orienta os empresários a preservar o caixa ao máximo e tentar cancelar a compra de produtos específicos para a Páscoa.

A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) orienta que as empresas do setor procurem os fornecedores propondo renegociação perante a baixa procura pelos produtos típicos desse período. A Agas, no entanto, ressalta que a principal preocupação é com o abastecimento de itens de primeira necessidade.

Confira na íntegra a nota da AGAS:

A Associação Gaúcha de Supermercados informa que o setor supermercadista gaúcho está focado e destinando 100% de sua força de trabalho para o pleno abastecimento de itens de primeira necessidade aos consumidores. Em virtude dos desdobramentos da pandemia de coronavírus, o setor informa que os planejamentos e projeções de Páscoa estão em segundo plano neste momento.