Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Affas) mantêm os serviços de inspeção em fronteiras e frigoríficos para garantir o abastecimento de alimentos e o sucesso do mercado agropecuário brasileiro em meio à pandemia de Covid-19. A atuação desses servidores é essencial em um período de crise e será mantida, observando as precauções sanitárias necessárias para proteger os Affas – em especial aqueles que se encontram no grupo de risco da doença.
“Temos visto que as medidas sanitárias estão sendo bem recebidas pelos Affas e que eles estão cuidando uns dos outros para evitar a transmissão do Covid-19”, diz o diretor de Política Profissional do Sindicato dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Antônio Andrade.
“Há uma vigilância positiva por parte desses servidores na manutenção de suas atividades, mesmo com a falta de equipamentos de proteção individual. Os Affas sabem da importância dessa ação em tempos de crise e estão fazendo de tudo para que a população brasileira possa enfrentar a pandemia”, continua Antônio.
O Anffa Sindical acompanha a situação e já enviou um ofício ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) solicitando a compra e envio de equipamentos de proteção, como máscaras N95 e luvas.
“Estamos mantendo todas as atividades de inspeção, fiscalização e certificação sanitária dos produtos de origem animal”, conta a Affa diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Ana Lúcia de Paula Viana. “Entendemos que essas atividades são essenciais para a manutenção da produção, do desenvolvimento e dos abastecimentos desses produtos”, continua.
Segundo Ana Lúcia, o fornecimento de alimentos de origem animal é essencial durante uma crise como a pandemia de Covid-19, já que o consumo de proteína por parte da população é necessário à saúde pública. Os Affas que não estão no grupo de risco da doença mantêm suas atividades com um reforço nos procedimentos de higiene, além do uso de equipamentos de proteção como luvas e máscaras – quando disponíveis. Já os servidores no grupo de risco estão em regime de teletrabalho.
“Nós temos uma responsabilidade com a saúde pública brasileira e devemos garantir que os produtos de origem animal cheguem à mesa dos brasileiros de forma segura”, diz Ana Lúcia.
“As atividades de defesa agropecuária que têm impacto econômico, ou nas questões de abastecimento, saúde pública e prevenção da entrada de pragas e doenças não podem parar”, conta o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Guilherme Leal, sobre a fiscalização em fronteiras, portos e aeroportos. “As reuniões, atividades de capacitação e outras do tipo estão sendo reprogramadas para quando a crise da pandemia arrefecer, mas as ações essenciais estão sendo mantidas”, continua.
Segundo o secretário, as unidades de Vigilância Sanitária, Vigiagros, têm um papel fundamental para impedir que novas pragas e doenças chegue a um país já sobrecarregado pela pandemia. Além disso, também é função dos Vigiagros garantir que o produto brasileiro que será exportado siga as normas sanitárias internacionais. Em uma economia impactada pela crise, a exportação de produtos agropecuários é outra atividade que não pode parar.