O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), discordou, neste domingo, da necessidade imediata de se discutir o adiamento das eleições municipais, agendadas para outubro.
Para ele, o debate deve ficar para depois, ante a necessidade de enfrentamento da pandemia da covid-19 e da consequente crise sanitária e econômica no país.
“Hora de focar no enfrentamento da crise”, disse Maia ao jornal O Estado de S. Paulo. “Vamos cuidar do combate ao vírus.”
O presidente da Câmara afirmou que entende que não há, por enquanto, a necessidade de adiar o pleito de prefeitos e vereadores, caso estejam corretas as projeções de Mandetta. O ministro previu um aumento das infecções em abril, maio e junho, seguido de estabilização em julho e agosto e decréscimo da curva em setembro.
“Se a projeção na curva de contaminação do ministro Mandetta estiver certa, não há necessidade de adiar a eleição”, avaliou Maia.
O deputado ainda lembrou que o ministro Luís Roberto Barroso, que vai presidir o Tribunal Superior Eleitoral a partir de maio, se manifestou contrário à ideia.
Em nota, Barroso afirmou que a “realização de eleições periódicas é um rito vital para a democracia” e que a mudança depende de emenda constitucional, a cargo do Congresso Nacional. “Se o Poder Legislativo vier a alterar a data das eleições, trabalharemos com essa nova realidade.”