A Vigilância em Saúde de Porto Alegre mostrou, hoje, preocupação com o volume de ligações recebidas diariamente para um telefone fixo que serve, exclusivamente, para que profissionais da saúde relatem ao órgão a situação sobre o coronavírus surgido na China, que provoca a pneumonia Covid-19.
De acordo com o diretor-geral do órgão, Anderson Araújo Lima, dúvidas devem ser sanadas, exclusivamente, pelos canais 136 (Disque Saúde), 156 (Fala Porto Alegre) e 150 (Centro Estadual de Vigilância em Saúde), que também esclarecem como proceder caso o paciente apresente sintomas da doença.
Em Porto Alegre, pelo menos seis profissionais de outros setores foram deslocados para auxiliarem no atendimento realizado via telefone. Conforme Lima, é incontável o número de chamadas diárias com dúvidas que, na maioria das vezes, podem ser sanadas com uma consulta aos sites do Ministério da Saúde, da Secretaria Estadual da Saúde e da Prefeitura.
Além disso, o diretor-geral reforça que o essencial é que a população não crie pânico e, principalmente, evite estocar alimentos em casa. Ele também reiterou a orientação para que seja mantida a higiene correta das mãos e para que pessoas que entraram em contato com viajantes ou tenham sintomas de resfriado procurem atendimento médico.
Já o técnico do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Marcelo Vallandro, também reforçou que houve um aumento indiscriminado no número de chamadas para o telefone 150, já que a população passou a ligar para o serviço pedindo consultas médicas e atendimento domiciliar.
No último fim de semana, o Cevs atendeu mais de 180 ligações e recebeu mais de 300 por dia. A demanda aumentou após o dia 10 de março, quando o número de casos no Rio Grande do Sul aumentou, conforme Vallandro.
Para ele, o fundamental é que a população avalie primeiro se está com sintomas de resfriado e se teve contato com algum viajante, para, posteriormente ligar para o 150.