A União Europeia anunciou nesta segunda-feira o plano de suspender todas as viagens não-essenciais aos países-membros do bloco por 30 dias como forma de conter o vírus SARS-Cov-2, responsável pela doença Covid-19. O anúncio foi feito pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, horas depois de seu porta-voz comentar que fechar as fronteiras não é a melhor solução de prevenção. O prazo poderá ser prolongado “se for necessário”, acrescentou a alemã em vídeo publicano em sua conta no Twitter.
“Achamos que as viagens não-essenciais devem ser reduzidas agora, a fim de não propagar mais o vírus, seja dentro da União Europeia ou deixando a União Europeia. Haverá isenções para os cidadãos da UE que voltam para casa, para profissionais de saúde como médicos e enfermeiros, mas também para cientistas que trabalham na solução dessa crise de saúde”, apontou, ressaltando que nacionais do Reino Unido também estarão isentos.
A medida prevê que todos os cidadãos europeus que queiram regressar a casa fiquem isentos da restrição, bem como os seus familiares, nacionais de países terceiros que sejam residentes de longo prazo da UE e diplomatas. Cidadãos do rei“Pessoal essencial, assim como médicos, enfermeiros, cuidadores, investigadores e especialistas que nos ajudem a resolver a crise do coronavírus devem continuar a poder entrar na União Europeia”, frisou.
The @EU_Commission presents guidelines on border measures & proposes:
1⃣Green lanes/fast lanes giving priority to essential transport to keep the mobility sector going & ensure economic continuity
2⃣Temporary restriction on non-essential travel to the EU (30 days) pic.twitter.com/9bda9MntF0
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) March 16, 2020
O bloco também planeja estabelecer “pistas verdes” rápidas para dar prioridade ao transporte de bens médicos, alimentos e serviços de emergência. Ela disse: “É importante que nosso sistema de saúde seja capaz de lidar com a quantidade de pacientes gravemente doentes. E, portanto, é de extrema importância adotar todas essas medidas que os Estados-membros estão adotando agora para desacelerar contratos sociais e desacelerar a vida pública”.