Educação é afetada e aulas são suspensas por conta do novo coronavírus

Quase 10 instituições de ensino já suspenderam as aulas por, pelo menos, uma semana

Regras do difícil acesso foram alteradas em reforma das carreiras aprovada em 2020 | Foto: Elias Eberhardt/Divulgação
Foto: Elias Eberhardt/Divulgação

Universidades e escolas no Rio Grande do Sul podem ter impacto direto por conta da pandemia do novo coronavírus. Algumas instituições decidiram paralisar as atividades, pelo menos por uma semana.

A ESPM foi a primeira universidade no Rio Grande do Sul a anunciar cancelamento de aulas devido ao coronavírus. Logo depois, a Universidade Federal do Pampa (Unipampa) suspendeu as aulas de graduação até o dia 28 de março para prevenir contágios pela doença. Matrículas e processos seletivos, no entanto, seguem mantidos normalmente.

A direção da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) também anunciou a suspensão das aulas por três semanas, a partir da próxima segunda. Em publicação, a UFPel informou que os estudantes envolvidos em atividades acadêmicas consideradas essenciais receberão orientações em cada Unidade. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) anunciou que desde sexta-feira todas atividades extracurriculares foram suspensas, com o objetivo de prevenir o Covid-19. A instituição de ensino, no entanto, reitera que as aulas seguem normalmente e que pode alterar as ações, se necessário.

A Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) também emitiu comunicado informando que as aulas na instituição estão suspensas, de 16 a 28 de março. Também foram suspensas as atividades em locais de prática, exceto estágios, que atenderão às regras de cada local. O Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) confirmou também a suspensão, a partir de amanhã das aulas nos 17 campi. A medida fica em vigor até o dia 21.

A reitoria da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) também emitiu uma nota sobre a posição da universidade em relação às aulas. Segundo o documento, as aulas estão suspensas nas próximas três semanas, a partir desta segunda-feira. As atividades administrativas estão mantidas. A instituição afirmou que também será elaborado um Plano de Contingência pelas unidades acadêmicas, pró-reitorias, órgãos vinculados e campi fora de sede, com o objetivo de preservar a saúde dos servidores e colaboradores, visando à manutenção das atividades essenciais de cada setor.

Já a reitoria da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) suspendeu pelo prazo de trinta dias a contar de amanhã, as atividades extracurriculares como eventos e cerimônias e a participação de empregados docentes, técnicos e de apoio administrativos em eventos e viagens internacionais ou interestaduais e afirmou que não descarta a suspensão das aulas, mas que, caso haja mudança, os alunos e professores serão informados.

Escolas

O Colégio Israelita anunciou, neste domingo, que irá suspender as aulas a partir da próxima quarta-feira, 18, até o dia 30 de março. Em nota divulgada na página do Facebook, a instituição decidiu que por prevenção a disseminação do Coronavírus, os alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio receberão as suas atividades pedagógicas através de uma plataforma online.

As aulas presenciais de segunda e terça, dias 16 e 17 de março, serão mantidas para informar os alunos sobre as medidas adotadas pela escola e também para que as famílias possam se organizar pelos próximos dias.

O Sindicato do Ensino Privado (Sinepe) publicou uma nota oficial em que as instituições sigam a orientação da Sociedade Brasileira de Infectologia e que, não feche as escolas. Com isso, o Sinepe reforça o pedido de que, caso haja necessidade de suspensão das aulas presenciais, as instituições considerem a possibilidade do ensino virtual, tendo como apoio o uso de ferramentas tecnológicas.

Já o Cpers Sindicato divulgou uma nota pedindo que o governador Eduardo Leite suspensa as aulas no ensino público. Afirmando que “Cabe ao Estado dar exemplo e tomar medidas preventivas à altura da crise sem precedentes que atravessamos. Suspender as aulas imediatamente, garantindo a remuneração dos trabalhadores(as), e por tempo determinado, é a providência lógica a ser tomada”.

O secretário estadual da Educação, Faisal Karam informou que as informações estão sendo avaliadas diariamente em conjunto com a Secretaria da Saúde, Coordenadorias Regionais e Escolas. “Até o presente momento não possuímos alunos, professores e ou servidores com sintomas ou positivamente confirmado. A preocupação é grande sim, entre segunda e terça estaremos liberando recursos via autonomia financeira, e um reforço de recursos para aquisição de materiais de limpeza e gel. Cabe lembrar que o estado liberou no dia 12 de março, R$ 12.8 milhões para as escolas, recursos estes que podem ser e devem ser usados para aquisições de materiais entre eles gel e materiais de limpeza”.