Idosos espertos ( extraído do livro do José Luiz dos Santos-Tropeando Lembranças)

"Este jornal vai ser feito para toda a massa, não para determinados indivíduos de uma facção". Foto: Arquivo CP

O José Luiz dos Santos foi bancário e tem muito pra nós contar à respeito do dia a dia numa agencia.

A narrativa de hoje fala de idosos espertos e ele nos relata assim:

” Em todas as agencias que passei, diariamente costumava dar uma transitada pela sala de autoatendimento para observação. Conversava com clientes e não clientes, buscava negócios e ajudava no atendimento. Relato duas situações em que fiquei embaraçado.

Atrapalhando

Numa dessas visitas à sala, vi um cidadão de idade avançada dirigindo-se à máquina de saque. Cheguei e larguei o tradicional: “posso ajudar?”

-Pode, respondeu ele, meio desconfiado.

Põe o cartão aqui, digite ali, faça assim, faça assado e o homem calado, só obedecia. Não deu certo: o sistema acusou : senha inválida.

-Não dá nada, vamos de novo, disse eu. Põe o cartão aqui, digite ali, faça assim, faça assado e o homem calado, só obedecia. Não deu certo e novamente o sistema informou: senha inválida.

Aí eu tentei tranquilizar o homem:- fique calmo, não é difícil, não se enerve, o senhor vai conseguir.

-Eu sei que não é difícil. Eu sei fazer bem certinho, é o senhor que está me atrapalhando!

Só lembro que lhe disse: – desculpe. E saí de fininho.

Treinamento

Fui ajudar um velhinho que estava na frente duma máquina eletrônica. Bota cartão, digita senha, bota cartão de novo e o sistema informou: não está disponível para esta data. Data prevista para pagamento: x, que era o dia seguinte.

Me enchi de razão e falei pro cidadão:- não saiu nada porque a sua data de pagamento não é hoje. Vai ser amanhã.

-Eu sei que é amanhã. Só vim dar uma treinadinha.

Bailei de novo!

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