Sergio Moro afirma que crise de segurança pública no Ceará está “sob controle”

Greve dos policiais aumenta o número de homicídios no estado. Já são 147 mortes registradas após o início da paralisação

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, durante reunião em Fortaleza (Foto: Divulgação / Ministério da Defesa)

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, acompanhado do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e do advogado-geral da União, André Luiz Mendonça, desembarcaram nesta manhã de segunda-feira(24) em Fortaleza (CE). O estado enfrenta uma grave crise na área da segurança pública após desacordo entre governo e policiais militares sobre o aumento salarial da categoria.

A comitiva foi recepcionada no 10ª Comando da Região Militar e participou de uma reunião sobre a Operação de Garantia da Lei e da Ordem que visa coibir o aumento da violência no estado após a greve dos policias. O grupo também sobrevoou a capital do estado e foi recebidos no Palácio do Governo pelo governador cearense Camilo Santana (PT). 

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará informou que só no domingo (23) foram registrados 25 assassinatos em todo o estado. Desde quarta-feira (19), início da paralisação, até o domingo foram registradas 147 mortes. Antes do motim, a média de assassinatos por dia no estado era de 6 pessoas. Os crimes registrados englobam homicídio doloso, feminicídio, lesão corporal seguida de morte e latrocínio.

Mesmo com o reforço policial de 2.600 mil homens do Exército e das Forças Nacionais no Ceará, pelo menos nove cidades cearenses cancelaram oficialmente as festas de Carnaval e vão destinar os recursos para outras ações de serviço público.

Em coletiva sobre o tema, o ministro Sergio Moro afirmou que “as forças estão aqui (no Ceará) subsidiariamente pra atender a uma situação que nós entendemos ser temporária e que deve ser resolvida brevemente”. Moro complementou dizendo “Existe um indicativo de aumento de alguns crimes mais violentos, mas não há uma situação de absoluta desordem nas ruas (…) A situação está sob controle, claro dentro de um contexto relativamente difícil em que parte da polícia estadual está paralisada”.