Brigada Militar dá dicas para curtir o carnaval de rua sem problemas

Uma das épocas mais esperadas pelos brasileiros se aproxima, o Carnaval. Muitos portalegrenses, que optaram por permanecer na cidade para fugir da superlotação litorânea, irão aproveitar o período nas festividades de rua. O calendário da festa já está disponível para acesso, mas a preparação dos foliões vai além das datas. A segurança ainda é uma das principais preocupações para os grupos carnavalescos.

Este ano a logística da festa mudou justamente para atender essa demanda. Em 2019, apesar da convenção entre o poder público e os blocos de carnaval, o horário para o encerramento da festa não foi respeitado e a Brigada Militar precisou ser acionada em diversos momentos para auxiliar os moradores das proximidades onde acontecia o evento Entre as principais reclamações estavam a depredação de patrimônio privado e pedágio ilegal para ingresso em algumas ruas do bairro Cidade Baixa.

A equipe de reportagem da Rádio Guaíba entrou em contato com o Brigada Militar para falar sobre o esquema de segurança para as festividades dos dias 22, 23, 24, 25, 29 de fevereiro e 1º de março, nas imediações da Praça Garibaldi, e nos dias 7 e 8 no Circuito Orla. “Estamos com uma operação bastante elaborada, com policiais do serviço de inteligência infiltrados nessas grande aglomerações”, afirma o tenente-coronel Luciano Moritz Bueno, responsável pelo 9° BPM.

Por questões de segurança, o número de agentes que estará patrulhando os arredores da Cidade-Baixa e circulando pela Orla do Guaíba não será revelado, mas um plano especial de segurança foi montado para evitar pequenos furtos e ações criminosas dos mais variados tipos. Policiais estarão em locais estratégicos da cidade já na manhã de sábado e ficarão nesses locais até a madrugada para coibir ações criminosas e o vandalismo. O tenente-coronel Bueno, porém, ressalta a importância da prudência do folião. “É necessário estar sempre vigilante e atento aos seus pertences”, afirmou.

ROUBO: 

O objeto mais visado pelos assaltantes nas festas de rua é o celular. Sobre o assunto o tenente-coronel Luciano Moritz Bueno afirma: “O delinquente encontra nos aparelho celulares uma moeda fácil de troca no mercado ilícito”. A dica para evitar ser alvo da ação criminosa é não exagerar na exposição do dispositivo e, é claro, não carregar grandes quantias de dinheiro. O cartão de crédito pode ser uma boa alternativa, porém é necessário ficar atento ao seu uso.

GOLPE DO CARTÃO:

Foliões em todo o Brasil estão denunciando o golpe da troca do cartão de crédito na hora de realizar o pagamento em estabelecimentos comerciais ou através do uso das máquinas de ambulantes. “Ainda não tivemos nenhuma denúncia neste sentido aqui, mas o golpe está circulando pelo país”, disse o tenente-coronel Bueno.

Caso você seja umas das vítimas do golpe, é necessário entrar em contato imediatamente com a Brigada Militar através do telefone 190. A ligação possibilita uma ação rápida dos agentes que estarão no local para coibir a ação com a identificação rápida dos criminosos.

O pagamento por aproximação está disponível para muitos usuários do cartão de crédito, mas a alternativa é vista por muitos especialistas na área como pouco segura ao usuário. A orientação seria desabilitar o sistema e ficar atento ao uso das máquinas pelos ambulantes no momento do pagamento. O bloqueio temporário, possibilitado em algumas plataformas, pode ser uma solução para evitar cair no golpe. Você realiza a compra e depois bloqueia o cartão até a próxima compra.

A IMPORTÂNCIA DO REGISTRO DO BOLETIM DE OCORRÊNCIA(B.O):

O tenente-coronel Luciano Moritz Bueno, responsável pelo 9° BPM, ressalta a importância do registro do B.O pelo folião. “Por mais que pareça desnecessário registrar a ocorrência, para a Brigada Militar a medida é essencial para possibilitar a criação de um mapa de rastreamento da criminalidade no bairro e também para um possível aumento de policiamento”, esclarece.

ASSÉDIO:

Outra situação que preocupa as mulheres nas festividades do carnaval de rua é o assédio. Pensando nisso, a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul desenvolveu uma cartilha sobre o assunto para tentar esclarecer alguns pontos importantes sobre o tema. “A raiz do problema está em uma tentativa de intimidar e demonstrar poder. Assédio não se confunde com elogio e não se justifica pela roupa da vítima, pelo local em que ela se encontra, pelo fato de ela ter bebido, pelo horário em que ela está em determinado local, pelo seu comportamento ou por sua aparência física”, afirma o texto da cartilha digital. O material completo você confere no link.