Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Porto Alegre e de todo o País pararam as atividades na manhã desta sexta-feira, em protesto contra medidas do governo de Jair Bolsonaro e por melhorias no atendimento e nos serviços prestados à população. As centrais sindicais fizeram uma manifestação em frente ao prédio do Instituto no Centro da Capital, ocupando a travessa Mário Cinco Paus contra o sucateamento da Previdência Social.
O diretor do Sindisprev do Rio Grande do Sul, Daniel Emmanuel afirma que o objetivo é lutar por melhorias no atendimentos e nos serviços que são prestados à população.
Além disso, Emmanuel salientou que a categoria luta contra a contratação dos sete mil militares que foi permitida pelo governo Federal. Eles devem atuar nos guichês de atendimento das agências da Previdência Social. “Os servidores são contra essas contratações, e o principal o motivo é que os militares não estariam aptos para realizar o atendimento especializado”.
As falhas no atendimento do INSS atingem diretamente a população. Dados mostram que há 2 milhões de pedidos na fila de espera por uma resposta, dos quais mais de um milhão aguardam há mais de 45 dias pela análise.
Os motivos da demora são a diminuição no número de funcionários, que caiu de 33 mil para 23 mil entre 2016 e 2019. Somente no Estado, mais de 19 mil postos de trabalho estão em aberto no INSS. Nos últimos 5 anos, mais de 10 mil servidores se aposentaram e faltam faltam mais de 1,1 mil servidores.
