Minha saída da Cidadania foi para buscar entendimento melhor no governo, diz Terra

Deputado federal afirmou que teve uma experiência gratificante na pasta e que não vê problema no sucessor, que será Onyx Lorenzoni

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo/ABr

O agora ex-ministro da Cidadania Osmar Terra (MDB) falou, em entrevista à Rádio Guaíba nesta sexta-feira sobre a sua saída da pasta para a entrada de Onyx Lorenzoni. O deputado federal relatou que as modificações tem apenas relação direta com a Casa Civil, que será comandada pelo general Walter Souza Braga Netto. Terra disse que teve uma experiência gratificante no ministério e que seguirá trabalhando em prol do governo de Jair Bolsonaro.

“Para entender a minha saída é preciso compreender a minha entrada. Eu fui convidado de forma inesperada e gentil pelo ministro Onyx. Me convidaram pela minha história pessoal, uma homenagem a minha vida pública. Agora, a minha saída nada tem a ver com o meu ministério. Foi em função de um arranjo, e quem convive sabe disso, até para fazer um entendimento melhor no governo, é preciso mexer na estrutura”, explicou antes de fazer uma analogia com futebol. “Às vezes, um que está na ponta esquerda vai para a ponta direita, um que é titular vai para o banco de reservas. Foi um arranjo em cima da Casa Civil e não tem problema algum o Onyx ir para a Cidadania. Terei um longo relatório de sucesso pra fazer”, acrescentou.

Osmar Terra ainda colocou que Onyx Lorenzoni é um nome adequado para continuar o trabalho no Ministério da Cidadania. “Hoje, devemos ter cerca de 13,2 milhões de famílias beneficiárias no Bolsa Família. O ministro Onyx participou de toda a discussão do novo programa, e fizemos isso juntos da Casa Civil. Ele conhece o assunto e é a pessoa indicada para tocar o trabalho”, declarou.

Terra explicou que teve uma conversa com o presidente Jair Bolsonaro e que chegou a ser discutida até a criação de um ministério específico de combate às drogas. “Esse foi um raciocínio em voz alta, mas depois fizemos considerações de que não seria possível. Também disse a ele que tinha mandato na Câmara (dos Deputados) e que não me interessava nenhuma embaixada. Vou cumprir este mandato e onde eu puder ser útil, eu estarei à disposição”, completou.

Confira a entrevista completa com o ex-ministro da Cidadania, Osmar Terra.