Reunião com Moro na Câmara é encerrada após deputados quase partirem para a briga

Clima começou a esquentar pouco depois de Glauber Braga referir-se ao ministro como "capanga" e "mentiroso"

Foto: Marcelo Camargo/ABr

A reunião da comissão especial da Câmara Federal que discute a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) sobre a volta da prisão após condenação em segunda instância terminou mais cedo, nesta quarta-feira, após dois deputados quase partirem para a agressão física.

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, debatia com os integrantes da comissão quando a confusão começou. Glauber Braga (Psol-RJ) e Eder Mauro (PSD-PA) foram apartados por outros parlamentares. De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o clima começou a esquentar pouco depois de Braga referir-se a Moro como “capanga da milícia”, “capanga da família Bolsonaro” e “mentiroso”.

O ministro rebateu. “Quem protegeu milícia foi o seu partido”, afirmou, em referência às críticas feitas pelo PSol ao chamado pacote anticrime. Um dos pontos da proposta era deixar explícito que milícias equivalem a organizações criminosas, mas o partido entendeu que as medidas não atingiam esses grupos, na prática.

Moro também chamou o parlamentar de “desqualificado”. O presidente da comissão especial, Marcelo Ramos (PL-AM), tomou a palavra para cobrar respeito de ambas as partes. Enquanto isso, fora dos microfones, Eder Mauro passou a atacar Glauber. Usou palavras de baixo calão e chegou a dizer que a mãe do deputado do PSol era “bandida”. Glauber também xingou Eder.

Em seguida, o deputado do Pará se levantou e partiu em direção a Glauber. Nesse momento, Ramos declarou a reunião encerrada. Deputados se colocaram entre os dois para evitar agressões físicas e, mesmo assim, a briga não cessou. Com o plenário já desmobilizado, os dois adversários se dirigiram quase ao mesmo tempo à mesa onde havia água e café e, ali, uma nova discussão se iniciou.

Um segurança da Câmara permaneceu entre os dois para mais uma vez evitar possível pancadaria. Outros deputados e assessores também agiram para evitar agressões. O presidente da comissão classificou o episódio como incapacidade de alguns deputados conviverem em ambiente democrático.

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