Ex-líder do tráfico na zona Leste da Capital regride para o regime fechado

Determinação ocorreu após a BM encontrar pistola 9mm com um suposto comparsa de Jura

POLÍCIA
Motorista de 51 anos, natural de Piraquara, Paraná, morreu no acidente

A Justiça determinou, no início da noite desta quarta-feira, que Juraci Oliveira da Silva, o Jura, regrida de regime, voltando para o fechado. A decisão ocorre após uma arma ter sido encontrada dentro do carro em que o detento era levado, de Charqueadas para Porto Alegre, para uma consulta médica autorizada pela Justiça. No regime semiaberto desde o fim de janeiro, Jura já deixou o Instituto Penal de Charqueadas (IPCH), retornando à Penitenciária de Alta Segurança (Pasc), no mesmo município.

Na manhã desta quarta, a Brigada Militar encontrou uma pistola 9mm ao interceptar o veículo. Jura, que é considerado ex-líder do tráfico de drogas na zona Leste da Capital, era acompanhado da dois homens e da companheira, que dirigia o Ford Edge.

Eles foram abordados próximo à saída da cidade, na ERS 401. Durante a revista, os PMs encontraram a pistola com o passageiro que vinha no banco da frente. A BM fazia operação especial após receber denúncias de uma possível tentativa de resgate de presos.

Encaminhados à DP local, os três homens foram autuados por posse compartilhada de arma legal. As fianças arbitradas foram de R$ 10 mil, para Jura, e de R$ 5 mil para cada um dos dois ocupantes do veículo. A mulher do traficante não chegou a ser autuada, sob o entendimento de que, conduzindo o veículo, ela não tinha como usar a pistola.

A fiança de Jura foi paga pela advogada de defesa, que também pagou os R$ 5 mil de um outro homem – um detento que pediu carona a ele. O terceiro acusado teve o valor pago pelo advogado que o representa. Segundo o delegado Marco Aurélio Schalmes, a possibilidade de uso da arma foi determinante para a denúncia contra o trio. “Qualquer um dos três homens tinha condição de usar a pistola”, ressaltou.

Condenado a 74 anos de prisão, entre outros crimes, Jura responde pelo assassinato do vice-presidente do Cremers, o oftalmologista Marco Antônio Becker, executado a tiros em 4 de dezembro de 2008, na rua Ramiro Barcelos, bairro Floresta, em Porto Alegre.