Cidade Baixa: projeto que proíbe bebida alcoólica na rua deve prever multa de R$ 500

Proposta do secretário municipal da Segurança, Rafão Oliveira precisa ser submetida à Câmara de Vereadores

Foto: Joel Vargas / PMPA

Em construção, a proposta do secretário municipal da Segurança de Porto Alegre, Rafão Oliveira, que visa proibir o consumo de bebida alcoólica no espaço público – em ruas, praças e parques da cidade – deve estabelecer multa de R$ 500 para quem descumprir a regra. Em caso de reincidência, o secretário defende que o valor dobre, para R$ 1 mil.

O texto, que deve ser enviado à Câmara de Vereadores, visa combater, sobretudo, os problemas de convivência entre frequentadores e moradores do bairro Cidade Baixa. De acordo com o secretário, é nessa região que se concentra o número maior de jovens levando a própria bebida e obstruindo vias da cidade, à noite.

O projeto vai ser levado ao Gabinete de Gestão Integrada Municipal, órgão que elabora políticas de segurança com a participação da Brigada Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal, antes de ser remetido à Câmara.

Em entrevista para o programa Guaíba News, o secretário comparou a Cidade Baixa a uma enfermidade. Conforme ele, o bairro é “a hemorragia da doença e é preciso estancar ali primeiro para que o restante não seja contaminado”. Ele garante ainda que a iniciativa não vai se restringir apenas ao bairro. “Estamos pensando no paciente como um todo”, declarou.

Oliveira lembra que o prefeito Nelson Marchezan Jr. solicitou a tomada de medidas importantes de segurança na região desde o triplo homicídio ocorrido na rua João Alfredo, em janeiro do ano passado.

 

Para Rafão, o efetivo de segurança deslocado à Cidade Baixa cuida, hoje, da desordem provocada por jovens embriagados e deixa, com isso, de combater crimes mais graves, como latrocínio, feminicídio e roubo de veículo. Às sextas, sábados e domingos, a aglomeração de pessoas no bairro mobiliza efetivo da BM, Guarda Municipal, Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Bombeiros e EPTC.

 

O secretário enfatizou que o jovem precisa ter conhecimento de que a Prefeitura e os órgãos responsáveis sabem o que acontece na região e que as perturbações não passarão impunes.