Servidores iniciam vigília na Praça da Matriz contra pacote do governo

Grupo de servidores deve permanecer na Praça da Matriz até o fim da votação do pacote do governador Eduardo Leite na Assembleia.

Professores e demais servidores se encontraram em ato na Praça da Matriz | Foto: Alina Souza/Correio do Povo
Professores e demais servidores se encontraram em ato na Praça da Matriz | Foto: Alina Souza/Correio do Povo

A segunda-feira começou com mobilização de centenas de servidores públicos em Porto Alegre. Sindicatos representando diversas categorias do funcionalismo estadual se reuniram na Praça da Matriz em protesto contra o pacote de reforma estrutural das carreiras de Estado. O grupo deve permanecer em frente à Assembleia Legislativa até o fim da votação dos projetos. A análise deve começar na tarde desta terça, com previsão de encerramento na sexta.

Um dos sindicatos presentes na Praça era o de Servidores de Nível Superior do Estado. O presidente da entidade, Antônio Augusto Rosa Medeiros, disse esperar que os deputados derrubem os projetos. “A nossa expectativa é que os deputados não votem um pacote que acaba com os servidores públicos”, pontuou. “Aquela população mais necessitada, que precisa do serviço público, em última instância, vai ser atingida”, completou o presidente do Sintergs.

Mobilização de professores

Manifestantes partiram do TJ à Praça da Matriz | Foto: Alina Souza/Correio do Povo
Manifestantes partiram do TJ à Praça da Matriz | Foto: Alina Souza/Correio do Povo

Antes da concentração na Praça da Matriz, professores protestaram em frente à sede do Tribunal de Justiça, na avenida Borges de Medeiros. O CPERS pede que a corte analise um recurso do sindicato contra o corte de ponto da categoria durante a greve que durou quase dois meses. Os educadores já iniciaram a recuperação das aulas. No entanto, o governo fará o desconto dos dias parados de forma gradativa até o meio do ano. Um dos diretores do sindicato que representa o magistério presentes no ato criticou o Judiciário. Para Mauro João Calliari, decisões judiciais que não puniram o parcelamento de salário deram liberdade para o Executivo manter a postura. “Antigamente, a gente acreditava na justiça”, observou. “O que nós podemos esperar de um Judiciário desses”, questionou.

 

A ação, movida em dezembro pelo CPERS, foi inicialmente rejeitada pelo desembargador Glênio José Wasserstein Hekman. O recurso agora aguarda relatório do magistrado e posterior análise do Tribunal Pleno, um colegiado formado pelos desembargadores do órgão. O recesso do Tribunal fez com que o governo do Estado só fosse intimado na semana passada. Desde então, o processo está parado.