MG registra 37 mortes e 58 municípios atingidos por excesso de chuva

De acordo com boletim mais recente divulgado pela Defesa Civil, há 9.607 desalojados, 1.823 desabrigados, 12 feridos e 17 desaparecidos

Foto: Defesa Civil/MG

A Coordenadoria Estadual da Defesa Civil confirmou, na manhã deste domingo, 37 mortes por deslizamentos de terra e soterramentos em municípios de Minas Gerais em consequência das fortes chuvas que atingiram o estado desde a sexta-feira.

O governo mineiro decretou situação de emergência em 47 municípios afetados pelas chuvas. Conforme o decreto, publicado neste domingo, no Diário do Executivo Estadual, intensas precipitações pluviométricas causaram desastres, como inundações, enxurradas e movimentos de massa. O documento estabelece luto de três dias em sinal de pesar pelas vítimas dos desastres.

Desde o início da temporada de chuvas em todo o estado, que teve início em outubro do ano passado, o número total de pessoas mortas em decorrência dos estragos provocados pelas chuvas é de 49.

A cidade com maior número de óbitos é Belo Horizonte, onde foram registrados oito mortes, seguida de Betim, com seis, e Ibirité com cinco. Cidades como Alto Caparaó, Alto Jequitibá e Simonésia registraram três mortes em cada município.

As cidades de Luisburgo e Pedra Bonita tiveram dois óbitos confirmados e os municípios de Carangola, Contagem, Divino, Manhuaçu, Santa Margarida e Tocantins, um em cada.

Até o momento, a lista de cidades afetadas reúne 58 municípios. De acordo com as informações, são 9.607 desalojados, 1.823 desabrigados, 12 feridos, 38 mortes e 17 desaparecidos, que, segundo o boletim, vai aumentar a lista de mortes.

Chuvas

Entre quinta-feira e sexta, Belo Horizonte registrou recorde do volume de chuvas em 24 horas: 171,8 milímetros. O maior marca era de 164,2 milímetros, em 14 de fevereiro de 1978. As medições são realizadas há 110 anos.

As precipitações deixaram comunidades inteiras ilhadas. No interior do Estado, em cidades como Matipó e Manhuaçu, ambas na zona da Mata, há relatos nas redes sociais de inundação.

Em Belo Horizonte, moradores da Vila Bernadete, no Barreiro, onde os bombeiros faziam buscas por vítimas, afirmaram ter tentado telefonar para Defesa Civil Municipal e não conseguiram contato na sexta-feira, quando as chuvas atingiram fortemente o bairro.

O prefeito Alexandre Kalil disse que, durante parte do dia – o período exato não é especificado -, o sistema de telefonia da Defesa Civil apresentou problemas que, ainda conforme Kalil, tiveram origem na operadora do serviço.