Centrais sindicais pedem 8,12% de reajuste no mínimo regional

Em dezembro, o reajuste solicitado, ainda sem o fechamento do INPC, havia sido de 6,57%

Foto: Grazielle Araujo/Ascom Casa Civil

Representantes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) entregaram ao governo gaúcho, nessa quinta-feira, uma atualização da proposta de reajuste do salário mínimo regional. Receberam o pedido o secretário-chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, e a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos. Os trabalhadores apontaram a necessidade de reajuste de 8,12% para todas as faixas, a contar de 1º de janeiro de 2020. O índice é resultado dos 4,71% de reajuste concedidos ao salário mínimo nacional, com base na inflação medida pelo INPC de 2019, e mais 3,26% correspondentes à reposição das perdas sofridas nos últimos três anos, conforme o Dieese. Em dezembro, o reajuste solicitado, ainda sem o fechamento do INPC, havia sido de 6,57%.

Pela proposta encaminhada pelos trabalhadores, o piso, que é dividido em cinco níveis de remuneração, passa da faixa atual, de R$ 1.237,15 a R$ 1.567,81, para R$ 1.337,60 a R$ 1.695,11.

Segundo o presidente da CTB, Guiomar Vidor, 1,5 milhão de pessoas são impactadas diretamente pelo mínimo regional. “Há um papel importante, principalmente no interior, pela possibilidade da melhoria do poder de compra e, com isso, colabora para que possamos recolocar nosso Estado nos trilhos do desenvolvimento econômico”, disse.

Os dirigentes disseram esperar que o governo envie até o início de fevereiro, em caráter de urgência, o projeto de reajuste à Assembleia Legislativa. Cinco estados brasileiros mantêm a política do salário mínimo regional (Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo). A data-base do piso regional, que é composto por cinco faixas salariais, é 1º fevereiro.