Edifício Cacique, no Centro de Porto Alegre, tem princípio de incêndio

Bombeiros mobilizaram três caminhões após suspeita de curto-circuito gerar grande quantidade de fumaça

Foto: Fabiano do Amaral / CP

O Corpo de Bombeiros atendeu um princípio de incêndio no Edifício Cacique, na rua dos Andradas, Centro de Porto Alegre. O zelador do prédio relatou que, a princípio, um curto-circuito estariam gerando grande quantidade de fumaça no 16º andar. A situação foi controlada por volta das 22h30min, apenas com danos materiais. O fogo atingiu uma sala onde funciona um atelier protético.

Os bombeiros deslocaram três caminhões, um deles com escada Magirus, e uma viatura de apoio. Um dos soldados da corporação entrou no prédio para averiguar a situação, enquanto outro abria o acesso para conectar a mangueira de água ao hidrante na calçada. O equipamento não funcionou por falta de pressão. Conforme o 1º tenente Edson Domingues, os bombeiros tiveram de usar os extintores de incêndio do próprio prédio. O alarme de incêndio do imóvel estava desligado. A corporação também teve problemas para chegar ao prédio em razão da quantidade de carros estacionados nos dois lados da rua dos Andradas.

As causas do incêndio ainda não foram identificadas, mas a suspeita é de que algum equipamento elétrico tenha ficado ligado no consultório, o que teria provocado o início das chamas.Os bombeiros informaram que entraram em contato com o proprietário do consultório, mas ele informou que não deixou nenhum equipamento ligado. O departamento de Prevenção e Proteção Contra Incêndio deve ir ao edifício para verificar o funcionamento de itens essenciais como o alarme de incêndio e a iluminação de emergência, por exemplo.

De acordo com Domingues, diversas fotos comprovam que muitos equipamentos estavam ligados. “Registrei três réguas com muitos equipamentos ligados. Duas delas derreteram, com certeza isso deve ter provocado o incêndio”, afirmou. Domingues reiterou que já foi feita uma solicitação para a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), para que a rua dos Andradas tivesse um acesso livre para caminhões como o dos Bombeiros.

“O que aconteceu quando chegamos aqui? Havia carros estacionados em ambos os lados, o que dificultou bastante a nossa passagem. Que bom que não precisamos usar a escada Magirus de primeira, porque senão ela estaria trancada no começo da rua. Que isso sirva de alerta”, enfatizou. Domingues ainda declarou que não há pressão no hidrante em frente ao prédio. “Não existe água nesse hidrante”, ressaltou

A situação fez com que um dos membros da corporação recordasse um incêndio ocorrido em junho de 1996, que destruiu parcialmente o mesmo edifício. Na época, o fogo começou na madrugada e só foi controlado pela manhã. Segundo ele, uma equipe dos bombeiros chegou a ficar presa em um dos andares do prédio e só conseguiu escapar por conta de uma saída de emergência com acesso para um dos prédios ao lado. Na década de 1990 o incêndio foi trágico, mais de 20 pessoas precisaram ser hospitalizadas por conta de queimaduras e inalação de fumaça.

 

Com informações das repórteres Brenda Fernández e Jessica Hübler, do Correio do Povo