Anvisa interdita todas cervejas produzidas pela Backer

Medida envolve lotes cuja data de validade seja igual ou posterior a agosto de 2020

Foto: Divulgação/Backer Cervejaria

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou todas as cervejas produzidas pela Backer cuja data de validade seja igual ou posterior a agosto de 2020. A decisão ocorre após resultados laboratoriais, divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, revelarem a presença das substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol em seis outras marcas de cervejas produzidas pela Backer.

Inicialmente, as duas substâncias foram encontradas na Belorizontina, que é vendida como Capixaba no Espírito Santo. Quatro mortes por intoxicação após o consumo da cerveja foram confirmadas e 15 pessoas seguem internadas após consumirem o produto.

Segundo a Anvisa, exames podem mostrar que a fonte de contaminação nas cervejas da marca pode ser sistêmica e não apenas pontual. Considerando que outros lotes de produtos da Backer podem estar comprometidos, a agência decidiu pela medida, em caráter cautelar.

Assim, os lotes de cerveja da empresa Backer com validade igual ou posterior a agosto de 2020 não podem ser entregues ao consumidor. A orientação é para que essas cervejas não sejam consumidas caso restem estoques. Os comerciantes devem retirar o produto das prateleiras, de imediato. No início da semana, o Ministério da Agricultura havia determinado o recolhimento de todas as cervejas da marca Belorizontina.

O dietilenoglicol é uma substância tóxica e que não pode entrar em contato com alimentos e bebidas, apesar de ser usado como anticongelante em sistemas de refrigeração da água. A presença da substância na cerveja está associada à ocorrência de óbitos e intoxicações em Minas Gerais. O monoetilenoglicol, embora de menor toxicidade, também aparece nos exames.