Sem unanimidade na base, Leite ainda deve alterar projetos do Magistério e previdência dos militares

Até a próxima terça, governador se manifesta sobre as últimas recomendações feitas pelos parlamentares

Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

O Palácio Piratini só bate o martelo, na próxima semana, com relação aos projetos do pacote de reformas que serão levados a votação nas sessões extraordinárias previstas para a última semana de janeiro, na Assembleia Legislativa. No fim da tarde desta quinta, o governador Eduardo Leite esteve reunido com líderes da base aliada para dirimir as dúvidas críticas encaminhadas pelos apoiadores.

A intenção do Executivo era concluir, hoje, o mapeamento de votos para definir a ordem das matérias apreciadas em plenário. Porém, sem consenso para validar os projetos do magistério e da previdência dos militares, o governo estadual adiou a execução da estratégia.

No encontro, ao externar o saldo dos debates realizados nas últimas duas semanas, o líder do governo, deputado Frederico Antunes (PP), encaminhou as reivindicações dos aliados ao governador Eduardo Leite. Sobre o magistério, existem pendências relacionadas ao início da aplicação do desconto dos futuros reajustes sobre as parcelas autônomas – valores já pagos a parte dos professores a título de vantagem temporal, como os triênios, por exemplo.

Já na previdência dos militares, a possibilidade de se ampliar a alíquota com relação à legislação federal segue sendo o maior impasse. No fim da manhã, o MDB, maior bancada da base, com oito cadeiras, adiantou que vota, em bloco, contra o texto, da forma como está, ao entender que o Executivo não pode elevar a taxa acima de 10,5%, conforme determinou o Congresso. O Piratini propôs elevar para 18% o teto de contribuição dos militares, podendo chegar a 22% a fim de emparelhar com a alíquota máxima dos demais servidores.

Leite garantiu que a equipe técnica vai analisar cada uma das sugestões a fim de avaliar o que ainda pode ser ajustado. O governo dá um retorno até a próxima terça-feira, quando a base volta a se encontrar. Sendo assim, a previsão é de que a convocação extraordinária seja feita na quarta para que as votações se iniciem na segunda-feira, 27 de janeiro.